Acusados de matar sobrinho-neto de Marina Silva irão a júri popular em Rio Branco

Os presidiários Denis da Rocha Tavares e André de Oliveira Silva serão julgados pelo Tribunal do Júri pelos crimes de homicídio qualificado, por motivo torpe e com recurso que dificultou a defesa da vítima, além de associação a organização criminosa. A decisão de levá-los a júri popular foi assinada pelo juiz Fábio Farias, da 1ª Vara do Tribunal do Júri.

Segundo o magistrado, a materialidade do crime está comprovada nos autos, enquanto os indícios de autoria foram extraídos de depoimentos policiais e do contexto em que o delito ocorreu.

A vítima, Cauã Nascimento Silva, sobrinho-neto da ministra do Meio Ambiente Marina Silva, foi assassinada na tarde de 6 de fevereiro de 2024, dentro de sua residência na Rua Baguari, no bairro Taquari, 2º distrito de Rio Branco (AC). De acordo com a denúncia, o autor do crime estava armado com uma pistola calibre .40 e efetuou diversos disparos contra o jovem. Após o ataque, fugiu em uma motocicleta.

André de Oliveira Silva foi preso em setembro do mesmo ano por investigadores da Delegacia de Homicídios. Já Denis da Rocha Tavares foi detido pela Polícia Militar. O processo aponta que o crime teria sido motivado por retaliação: os acusados teriam visto Cauã pichando siglas de uma facção rival, o que teria desencadeado a execução.

A data do julgamento ainda será definida pela Justiça. O caso, que envolve parentesco com uma autoridade federal e suspeita de atuação de facções criminosas, tem gerado forte comoção na capital acreana.

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