Aleac inicia segunda caravana pela BR-364 com parada no Rio Caeté e reforça cobrança por melhorias na estrada

A Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) deu início, nesta quinta-feira (5), à segunda edição da caravana de fiscalização pela BR-364. A primeira parada da comitiva ocorreu na ponte sobre o Rio Caeté, localizada no km 282 da rodovia, nas proximidades de Sena Madureira.

A estrutura original de concreto da ponte está comprometida e, por isso, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) instalou uma ponte metálica provisória, que funciona em sistema de meia pista e está devidamente sinalizada para garantir a segurança dos motoristas.

O presidente da Aleac, deputado Nicolau Júnior (Progressistas) enfatizou a gravidade da situação já no início do percurso. “Percorremos cerca de 154 quilômetros desde a saída, e pelo tempo que levamos já dá para perceber que a situação da estrada é crítica. Esse trajeto, em condições normais, não levaria mais que 1h40, mas com os trechos deteriorados, o tempo de viagem aumenta significativamente”, afirmou.

O parlamentar também reforçou a importância de vivenciar as mesmas dificuldades enfrentadas pela população do interior. “Vamos de perto, vamos passar o que as pessoas passam todo dia. E a gente que mora no Juruá, a gente já passa isso praticamente quase todo mês. É porque a gente precisa. Muitas vezes a gente não tem condição de pagar uma passagem, pelo preço que está absurdo também que é uma coisa que a gente reclama muito, a gente briga muito pela questão da passagem aérea, que é muito cara pra nossa região”, acrescentou.

O deputado André Vale (Republicanos), presidente da Comissão de Transporte da Aleac, alertou para a urgência da situação, mesmo no início do período de estiagem. “É muito preocupante, porque nós estamos ainda no início do verão, e os avanços têm sido lentos. A BR-364 é de extrema importância, e é preciso que o governo federal entre de fato nessa reconstrução. Estamos aqui com a bancada federal, com os senadores, com representante do DNIT e todos os órgãos envolvidos, para que possamos levar a Brasília essa demanda urgente. Só com recursos federais será possível reconstruir a BR”, defendeu.

O deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) também reforçou a necessidade de uma estratégia política e técnica para garantir a recuperação sustentável da estrada. “A BR-364 é a principal linha de integração do Estado do Acre. Por isso, é preciso um mutirão da boa vontade, com a junção de todas as forças políticas em torno dessa bandeira. Essa estrada ficou três anos sem manutenção, esteve prestes a ser interditada em janeiro de 2023. São mais de 36 pontes, rios e igarapés — precisa de manutenção permanente. E se essa manutenção falha, a estrada passa a exigir reconstrução”, pontuou.

Magalhães ainda alertou para o desafio orçamentário e a necessidade de planejamento a longo prazo. “Não adianta achar que vamos reconstruir tudo de uma vez. Isso vai levar, no mínimo, três ou quatro verões. E mesmo com a reconstrução, sem a manutenção contínua, o problema volta. É preciso pés no chão, planejamento e dinheiro público direcionado corretamente”, concluiu.

Com o slogan “A BR-364 pede socorro”, a Aleac lidera uma ampla mobilização política para garantir que a principal rodovia do Acre volte a oferecer condições dignas de trafegabilidade e cumpra seu papel estratégico na integração regional.

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