‘Além da expectativa de exportação, tem a expectativa de trazer turismo’, diz empresário sobre estrada para Pucallpa

Nos últimos meses tem ocorrido um intenso debate em torno da possibilidade da construção de uma estrada entre Cruzeiro do Sul, no Acre, e a cidade de Pucallpa, no Peru. Nas vésperas do encontro entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) com o presidente do Peru, que será realizada hoje (03), o Ministério Público Federal (MPF) emitiu um parecer contra a construção da Estrada de Pucallpa.

O encontro entre os presidentes teria como objetivo a assinatura de um acordo bilateral Brasil-Peru que irá fortalecer o mercado de carnes no Acre. Comenta-se nos bastidores do evento que a construção da estrada que liga o Juruá ao norte do Peru também estaria nas pautas da visita do presidente peruano ao Brasil. 

Para falar sobre a construção da estrada e a sua importância para a economia acreana, a redação do Diário do Acre conversou com o empresário e pecuarista Fernando Zamora. Assim como grande parte do empresariado acreano, Zamora é um dos entusiastas da construção da estrada e vê com bons olhos a oportunidade.

“Além da expectativa de exportação, tem a expectativa dessa estrada trazer turismo, pois a região de Cruzeiro do Sul e do Juruá é uma região engessada, é rodeada por parques nacionais, por reservas indígenas. O Juruá é a região mais bonita do Acre”, disse Zamora, ao observar o potencial turístico da região.

“Eu acho um absurdo um país e um estado como o nosso, com tanta riqueza natural ser tão pobre, tão miserável e agora vai fazer uma estrada e fica embargado porque vai passar perto de alguns índios, 140 indígenas que tem lá, porque vai passar 20km dentro do Parque Nacional. Eu sinceramente acho isso um absurdo, nós não podemos nos dar ao luxo de fazer isso”.

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