Aliados políticos do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), avaliaram que escolha dele vir a Brasília e tomar a frente das articulações pelo projeto da anistia pode ter sido “arriscada e precipitada”. Apesar da estratégia ter o objetivo de agradar Jair Bolsonaro e garantir o apoio do ex-presidente para 2026, a atitude pode ser vista pelos próprios apoiadores de Bolsonaro como gananciosa e de interesse pessoal do governador.
O roteiro inicial de investida pela anistia, de acordo com aliados, contava com as declarações nas redes sociais e telefonemas para Hugo Motta, mas não a vinda a Brasília. A viagem foi um passo além do programado e pode levar a resultados “inesperados”.
De acordo, com integrantes do Republicanos, Tarcísio teria tomado a atitude de ir a Brasília debater o tema, sem a colaboração e conselhos do partido. O governador se reuniu com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), nesta quarta-feira e garantiu que trabalhará para bancada do partido entregar todos os votos necessários de apoio ao projeto.
O discurso de defesa da pauta nesta semana não foi à toa. Bolsonaro deve definir seu substituto para as eleições do ano que vem logo após a sentença dada a ele pelo STF. A previsão é de que o julgamento finalize no próximo dia 12 de setembro, com divulgação da sentença.