O agronegócio de Santa Catarina tem como maior patrimônio a sanidade animal. Por isso, é preciso intensificar uma vigilância rigorosa no trabalho integrado entre a Ciasc, o Icasa e entidades. Vital é blindar a produção de aves e suínos, mantendo a sanidade. Qualquer problema nesta área retiraria Santa Catarina dos mercados nacional e mundial.
O alerta é do engenheiro agrônomo José Antônio Ribas Júnior, presidente da Associação Catarinense de Avicultura, ex-presidente e diretor do Sindicarne, conselheiro da Associação Brasileira de Proteína Animal e há quase 30 anos atuando no agronegócio.
Presente em evento na sede com diretores e profissionais do grupo ND, vários diretores da JBS, José Ribas, Diretor Executivo de Agropecuária, advertiu para outro desafio do Estado: o risco de perda de competitividade pela falta de infraestrutura.
Explicou: “Temos um Estado absolutamente dependente de grãos de fora. 70% dos grãos vêm de outros Estados sobre rodovias, o que custa muito caro. Não temos ferrovias para trazer os grãos e não contatamos com ferrovias para o escoamento da produção no mercado nacional e para exportação.”
Estas dependências podem tirar Santa Catarina da competividade atual até para os Estados vizinhos, tendo em vista, por exemplo, a crescente participação do Mato Grosso do Sul no mercado.
O grupo JBS conta com 24.000 colaboradores em Santa Catarina e representa 2,07% do PIB catarinense. Em Mafra, tem a primeira unidade de biodiesel. Em Itaiópolis investe 700 milhões de reais na mais moderna fábrica de ração do pais. De 6 frigoríficos, submetidos e aprovados em 2 auditorias internacionais, 4 são de Santa Catarina.
O diretor José Ribas proclama: “O agronegócio é uma importante grife de Santa Catarina. É Estado de excelência, mas tem que cuidar mito bem desse excepcional patrimônio.”
