Antena Starlink, de Elon Musk, entra na mira da PRF e pode te gerar prejuízo; entenda

Em casos mais severos, quando o equipamento cria pontos cegos e caracteriza direção perigosa ou desatenta, a autuação pode ser enquadrada no artigo 169, elevando a infração para gravíssima, com multa de R$ 293,47 e 7 pontos.

A PRF explica que, além da irregularidade, a antena representa risco físico aos ocupantes do carro: em uma freada brusca, colisão ou irregularidade da pista, o equipamento pode se soltar e agir como um projétil.

Fiscalizações aumentam e multas se multiplicam

Com a expansão da tecnologia no país, a PRF intensificou operações, especialmente no Nordeste. No Piauí, vários condutores foram autuados recentemente após instalarem a antena diretamente no para-brisa.

Dados oficiais revelam a dimensão do problema:

  • 33.555 autuações em 2024 relacionadas a obstrução de visibilidade
  • 15.275 multas apenas no 1º semestre de 2025, pelo mesmo motivo
  • Bahia, Minas Gerais, Paraná e São Paulo estão entre os estados com mais ocorrências

A corporação reforça que não existe proibição ao uso da Starlink no trânsito, mas sim à instalação inadequada.

A PRF e especialistas em conectividade recomendam três formas adequadas de instalação:

✔️ 1. No teto do veículo

A maneira mais indicada. A antena fica fora da cabine, sem atrapalhar a visão e com melhor captação do sinal via satélite.

✔️ 2. Em suportes específicos para carros

Há cases, racks e bases magnéticas feitas para manter o equipamento firme mesmo em altas velocidades.

✔️ 3. No interior, mas fora da área de visão obrigatória

Pode ser posicionada em partes traseiras, bagageiro ou regiões que não comprometam o uso dos retrovisores.

⚠️ A PRF reforça que jamais deve ser colocada no para-brisa.

Além disso, normas locais podem adicionar restrições específicas — por isso, antes da instalação, é importante verificar legislação municipal ou estadual complementar.

uso da internet via satélite explodiu no Brasil por um motivo simples: ela funciona onde mais nada funciona. Dados e análises mostram que a tecnologia se tornou a mais adotada no agronegócio nos últimos anos, principalmente pela capacidade de manter conectados:

  • caminhonetes em deslocamento entre fazendas
  • tratores, colheitadeiras e máquinas inteligentes
  • equipes de campo
  • câmeras de segurança
  • viagens por regiões isoladas
  • produtores que precisam acompanhar clima, vendas e operações digitais mesmo distante da sede

A Starlink Mini, por exemplo, virou o “queridinho do agro” por sua leveza, portabilidade e facilidade de instalação.

Já o sistema Starlink Viagem, com antena instalada no teto do carro e suporte para até 160 km/h, vem transformando a rotina de quem percorre grandes propriedades e estradas rurais.

Tecnologia indispensável, mas responsabilidade obrigatória

A PRF faz um alerta direto: a conectividade não pode sobrepor a segurança.

“A instalação de antenas nos vidros dianteiros cria pontos cegos fixos, comprometendo a percepção de pedestres, ciclistas, veículos e obstáculos”, afirma o inspetor Wenes Alexandre, da PRF.

Especialistas lembram que a lei não precisa citar a palavra “Starlink” para que a irregularidade exista — qualquer objeto que prejudique a visão é passível de multa.

Portanto, antes de transformar seu carro em um “hotspot sobre rodas”, é essencial:

  • seguir a legislação
  • utilizar suportes adequados
  • evitar improvisações
  • manter o campo de visão totalmente livre

A Starlink representa um avanço enorme para quem vive na estrada ou no campo — mas, instalada de forma errada, pode render prejuízo, risco e dor de cabeça.

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