Antônia Lúcia defende estrada Cruzeiro do Sul – Pucallpa

Franco Montoro, que além de governador de São Paulo foi atuante deputado federal, tinha como uma das suas bandeiras enquanto parlamentar, a defesa da integração do Brasil com a América Latina. Dedicou toda sua vida política a essa importante causa. 

Num livreto editado pelo ILAM – SÃO PAULO – 1998, publicado sob o título “INTEGRAÇÃO DA AMÉRICA LATINA EM UM MUNDO MULTIPOLAR”, afirmava que, “Para a América Latina, a opção é clara: integração ou atraso”. 

O saudoso político tinha a convicção, inspirado na Democracia Cristã que defendeu a União Europeia, que “É urgente substituir o isolamento e o conflito pela solidariedade”. 

A conclusão da BR 364 em direção ao Oceano Pacífico, é resultado desse sonho que alimentou Franco Montoro, e que retirou o Acre do seu isolamento em relação ao país vizinho (Peru). 

Nos anos 90 eu tive a oportunidade de participar de um seminário de Direito do Trabalho, na cidade de Sucre, capital constitucional da Bolívia. À época, 

eu era presidente da associação dos advogados trabalhistas do Estado de Rondônia. 

Ao voltar para o Brasil, dei-me conta de que no Estado de Rondônia havia uma importante discussão sobre a proposta de uma estrada que ligasse o Brasil aos portos do Oceano Pacífico. A Federação da Indústria do Estado de Rondônia – FIERO, era quem promovia esse debate. 

Foi sob a presidência do paraibano Miguel de Souza à testa da FIERO-RO., que essa discussão ganhou força. Miguel, para demonstrar que a construção da estrada, passando pelo Acre e alcançando o Oceano Pacifico era viável, liderou uma caravana, de automóvel, que chegou à Lima e La Paz. 

Concluída essa etapa da propaganda da estrada em direção aos portos do Oceano Pacífico, Miguel de Souza transformou seu relato em um livro. Como relato, o livro foi publicado pelo SEBRAE, sob o título: “A SAÍDA PARA O PACÍFICO”. Eu tenho comigo um exemplar da obra do paraibano. 

A proposta de Miguel de Souza – uma estrada em direção aos portos do Oceano Pacífico – ganhou tanta popularidade no meio empresarial que ele terminou por se tornar político. Elegeu-se vice-governador, e, posteriormente, deputado federal por Rondônia. Era uma aspiração da classe empresarial do estado vizinho. 

Outras obras (livros), como relatos, iguais à de Miguel de Souza, foram publicadas com o mesmo objetivo de propaganda da proposta da construção de uma estrada ligando o Acre ao Oceano Pacífico. 

Luiz Tourinho, que foi presidente da Federação do Comércio de Rondônia, publicou um livro com o título “Um Salto Para o Pacífico”. O jornalista Hércules Góes, editor da revista “Ecoturismo”, publicou o livro “Estrada Já”. 

No Estado do Acre, o mais entusiasta defensor da Estrada em direção ao Oceano Pacífico foi o saudoso deputado federal Aluízio Bezerra. Pela Câmara Federal publicou um livreto intitulado “VIRADA PARA O PACÍFICO”. 

Sobre a publicação do livro de Aluízio Bezerra, em defesa da integração do Brasil com o Perú, disse o saudoso deputado federal Ulisses Guimarães: “…cumprimento o Deputado Aluízio Bezerra por tornar possível a publicação desta obra. Por sua realidade mais próxima do Acre, ela focaliza o relacionamento com Bolívia e o Peru”. 

Pois bem, ao regressar da Bolívia, onde participei do Seminário na Corte Suprema de Sucre, achei que a proposta de construção de uma estrada em direção ao Oceano Pacífico, era reducionista dos objetivos propostos na Constituição Federal, no que concerne a integração Latino-Americana. 

Propor apenas uma estrada para viabilizar os interesses do Brasil, fazendo do Peru apenas uma servidão de passagem, não era algo honesto com o vizinho, partindo de um país que tem a pretensão de liderar o subcontinente (América do Sul), visando o progresso material e espiritual da Região. 

Em parceria com um ex-colega da faculdade, professor Rossini Corrêa, decidimos escrever um livro que contivesse uma proposta mais abrangente, inspirado no que diz o parágrafo único do artigo 4º, da Constituição Federal. 

Em 1998 publicamos o livro “O Bloco Bolivariano e a Globalização da Solidariedade: Bases para um Contrato Social Universalista”, com fundamento no art. 4º, parágrafo único, da CF, que estatui: “A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações”. 

Os propagandistas da proposta de construção de uma estrada do Brasil, passando pelo Acre, em direção aos portos do Oceano Pacífico, se comportavam como “pais da criança”. Como se fossem os idealizadores originais da proposta. Não eram! A ideia já existia desde início dos anos 70. 

Quando eu comecei me interessar pelas ideias do saudoso governador do Estado do Acre, Francisco Wanderley Dantas, constatei que os autores da obra acima, ao fim ao cabo, estavam resgatando o que propunha o saudoso governador do Acre como estratégia de desenvolvimento do seu Estado. 

Ao ler uma obra de excertos de discursos do saudoso Governador Francisco Wanderley Dantas, ali tomei conhecimento do seu lema para atrair investidores para o Estado do Acre, oriundos do Sul do país. Dizia Dantas: “Investir no Acre, Produzir no Acre e Exportar pelo Oceano Pacífico”. 

Wanderley Dantas – fui informado não me lembro por quem – para demonstrar que confiava na sua proposta de retirar o Acre do isolamento, construindo uma estrada em direção ao Peru, chegou a asfaltar um trecho que vai de Rio Branco à cidade de Capixaba. Um visionário!

Os sonhos sempre renascem em outros corações!

 Tomei conhecimento de que o jovem Luiz Felipe Aragão, Secretário de Estado da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDUR), inspirado no Senador Márcio Bittar e no Governador Gladson Cameli, que têm envidado esforços pela construção da estrada Cruzeiro do Sul Pucallpa, passou a ser advogado da importante causa. 

Propus à deputada federal (1ª suplente) Antônia Lúcia, que colocasse o Complexo de Comunicações da família Câmara a serviço desse importante projeto, ou seja, da construção da estrada Cruzeiro do Sul à cidade de Pucallpa. 

Sensível à ideia, Antônia Lúcia sugeriu uma entrevista de Luiz Felipe de Aragão ao jornalista M Jota, que terminou por acontecer e que teve ampla divulgação na capital e no interior do Estado.

Acredito que, a ideia da construção da estrada Cruzeiro do Sul a Pucallpa precisa ser difundida em todos os meios de comunicação do Acre para que possamos ganhar esse debate. 

A proposta tem inimigos e sabemos que são, ou sejam, ONGs internacionais que lutam para que o Brasil não tenha soberania sobre seu território!

No Governo Jair Bolsonaro, temos a certeza de que esse importante projeto, que retira os cruzeirenses do isolamento com o resto do mundo, será uma realidade, como foi a transposição do Rio São Francisco, que libertou os nordestinos do flagelo da seca!

“E conhecereis a Verdade e a Verdade vos Libertará”! 

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