O secretário-adjunto de Agricultura do Acre e vice-presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Acre (Faeac), Edivan Azevedo, registrou em suas redes sociais um encontro com o antropólogo americano Jeffrey Hoelle, professor da Universidade da Califórnia, em Santa Bárbara, e com o presidente da FAEAC, Assuero Veronez.
Hoelle é autor do livro “Rainforest Cowboys”, lançado nos Estados Unidos em 2015 e traduzido para o português com o título “Caubóis da Floresta”. A obra é resultado de um trabalho de campo realizado entre 2007 e 2010, quando o pesquisador passou um ano e meio no Acre, entre idas e vindas, mergulhando na história da pecuária na Amazônia.
Segundo Azevedo, o antropólogo está de volta ao estado para rever amigos e fazer uma nova observação sobre a cultura do gado no Acre, buscando compreender como ela se desenvolveu e mudou nos últimos anos.

O livro está disponível gratuitamente no site da Edufac (Editora da Universidade Federal do Acre) e conta com prefácio do pesquisador da Embrapa, Judson Valentim.
A visão de Hoelle sobre a pecuária na Amazônia
Em publicação do Diário do Acre, em dezembro de 2021, foi destacado que, ao contrário da maioria dos antropólogos que chegam à Amazônia para estudar culturas indígenas, Hoelle optou por investigar o ethos da pecuária, principal vetor de desmatamento na região, e entender por que essa atividade se expandiu tão rapidamente, inclusive entre seringueiros tradicionais do Acre.
Em “Caubóis da Floresta: O Crescimento da Pecuária e a Cultura de Gado na Amazônia Brasileira”, o autor defende que o desafio na Amazônia vai além de questões econômicas, tecnológicas ou de políticas públicas.
“Precisamos também entender as dimensões sociais e culturais dessas atividades, que têm um papel-chave nesse apelo para derrubar”, afirmou o antropólogo.
