Um levantamento realizado pelo Centro de Liderança Pública (CLP) e divulgado nesta quarta-feira (23), mostrou que o Acre é o estado menos competitivo do Brasil. O levantamento leva em consideração a segurança pública, infraestrutura, sustentabilidade social, solidez fiscal, educação, potencial de mercado, eficiência da máquina pública e outros pilares não menos importantes.
A competitividade é a capacidade de um estado cumprir, com mais sucesso, a sua missão de promover bem-estar social por meio de um conjunto de ações, instituições e políticas. Além disso, também analisa se um estado se mostra atrativo para investimentos e ao ritmo de crescimento.
Dois importantes gargalos para os estados são a infraestrutura e a educação. O CLP aponta que eles estão, indubitavelmente, entre os principais desafios para a melhora da competitividade nacional, minando os potenciais de desenvolvimento econômico e social.
“A crônica deficiência da infraestrutura é um dos principais desafios para a melhora da competitividade do país. O quadro é reflexo direto do baixo nível de investimento em infraestrutura no país”, informa o relatório da pesquisa. Os investimentos recuaram de 5% do PIB, na década de 1970, para algo próximo de 2%.
Outras explicações para as carências de infraestrutura, segundo o CLP, são a má alocação dos recursos públicos e a deficiência das políticas regulatórias para os diferentes segmentos de infraestrutura.
Em relação à educação, há um amplo conjunto de medidas que precisam ser tomadas para reverter os problemas do setor. Elas vão além da melhora da qualificação e remuneração dos docentes. Segundo o CLP, uma das prioridades deveria ser a melhoria da gestão das unidades educacionais.
Prêmio Excelência em Competitividade 2023
Apesar de ocupar a última posição no ranking de competitividade, o Acre conquistou o primeiro lugar no Prêmio Excelência em Competitividade 2023. A cerimônia de premiação ocorreu durante o Congresso Consad de Gestão Pública, em Brasília, onde o estado foi reconhecido pelo Programa REM, na sua fase II. Entre as mais de 150 políticas públicas avaliadas, o CLP selecionou 12 boas práticas semifinalistas, sendo seis finalistas e três vencedoras. O Programa REM, uma parceria com o governo da Alemanha, busca fortalecer a proteção florestal e a mitigação do clima por meio de remuneração baseada em resultados verificados de redução de emissões por desmatamento.
