A cidade de Jaboticabal, no interior de São Paulo, foi abalada pela confirmação de um crime bárbaro na tarde desta terça-feira (23). O caseiro Milton Gonçalves Filho, de 48 anos, confessou à Polícia Civil ter assassinado sua companheira, Sabrina de Almeida Lima, de 27 anos, e os três filhos dela, crianças de apenas 6, 8 e 10 anos. Após dias de investigação sobre o paradeiro da família, o homem admitiu a autoria dos homicídios e revelou detalhes cruéis sobre a execução das vítimas.
O desaparecimento de Sabrina e das crianças havia sido notado na última quinta-feira (18), gerando angústia em familiares e amigos. A investigação ganhou força dois dias depois, quando um tio da mulher registrou um boletim de ocorrência, permitindo que os agentes iniciassem as buscas. Diante das evidências colhidas, Milton acabou confessando o crime e indicou o local exato onde havia ocultado os cadáveres, encerrando cinco dias de mistério.
Segundo o depoimento do agressor, ele utilizou uma marreta e um facão para desferir os golpes fatais contra a companheira e os enteados. Na residência do suspeito, a polícia apreendeu as ferramentas utilizadas no ataque, além de uma pá, que Milton admitiu ter usado para enterrar as vítimas em uma área de mata fechada, próxima à casa onde a família residia. Os instrumentos passarão por perícia técnica para confirmar a dinâmica dos assassinatos.
Após a confissão, Milton levou os policiais até o local da ocultação, onde os quatro corpos foram localizados e removidos para o Instituto Médico Legal (IML). A frieza do caseiro durante o relato dos crimes chamou a atenção das autoridades, que agora trabalham para esclarecer a motivação por trás da chacina. O caso foi registrado como feminicídio, triplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver, crimes que podem resultar em uma das penas mais altas previstas no Código Penal.
Milton Gonçalves Filho teve a prisão preventiva decretada e permanece à disposição da Justiça em uma unidade prisional da região. A tragédia causou comoção e revolta em Jaboticabal, especialmente pela idade das crianças envolvidas e pela brutalidade do método empregado. A Polícia Civil segue ouvindo testemunhas e familiares para concluir o inquérito e entender se houve algum sinal prévio de violência doméstica que pudesse ter evitado o desfecho fatal.
