Após perder o próprio filhote, égua cuida de potrinho com deficiência rejeitado pela mãe

Após perder seu filhote, uma égua domesticada chamada Alice encontrou um novo propósito ao acolher um potrinho órfão, rejeitado pela própria mãe. O potrinho, batizado de Marat, pertence a uma raça rara de cavalo selvagem asiático, atualmente ameaçada de extinção – restam cerca de 2.500 indivíduos no mundo.

Nascido em maio com deformidades nos membros, Marat não conseguia ficar de pé nem acompanhar o ritmo da manada. Sua fragilidade levou ao agravamento de seu estado de saúde, resultando em pneumonia e sepse bacteriana, conforme relatado pela Dra. Annie Rivas, diretora de saúde animal do zoológico.

Graças a um tratamento intensivo, Marat se recuperou das infecções. No entanto, ao tentar reintegrá-lo à mãe biológica, ela não o reconheceu e se recusou a amamentá-lo.

Foi então que Alice entrou em cena. Ainda abalada pela perda de seu próprio filhote, ela foi levada ao zoológico como uma tentativa de oferecer companhia e apoio ao potro órfão. Para surpresa da equipe, o instinto materno falou mais alto: Alice imediatamente passou a cuidar de Marat, permitindo que ele mamasse e oferecendo carinho e proteção.

“A conexão entre os dois foi instantânea. Ela assumiu o papel de mãe com naturalidade”, relatou Rivas.

Apesar das diferenças – Alice é uma égua domesticada e Marat, um cavalo selvagem – a dupla formou um vínculo profundo. O zoológico considera esse desfecho não apenas uma vitória emocional, mas também um marco importante na preservação da espécie de Marat.

Atualmente, mãe adotiva e filhote são inseparáveis. Alice cuida de Marat com dedicação, enquanto ele segue em recuperação, ganhando força dia após dia. O zoológico monitora de perto o desenvolvimento do potro, que ainda enfrenta desafios ortopédicos. Os próximos meses serão decisivos para seu crescimento e reabilitação.

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