Aprovação de projeto que cria nova unidade de conservação no Acre gera críticas do setor produtivo

A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara Federal aprovou o Projeto de Decreto Legislativo nº 335/2021, que autoriza a União a doar ao Estado do Acre uma área remanescente da Gleba Seringal Afluente, com 155 mil hectares, localizada nos municípios de Feijó e Manoel Urbano. O projeto, que foi relatado pela deputada federal Socorro Neri (Progressistas) e tem autoria da ex-senadora Mailza Assis (Progressistas), representa um marco importante para o estado, segundo a parlamentar.

“Essa iniciativa é essencial para o desenvolvimento sustentável do Acre e a proteção do meio ambiente,” afirmou Socorro Neri em suas redes sociais após a aprovação do relatório.

No entanto, a medida enfrenta críticas do setor produtivo. Assuero Veronez, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Acre (FAEAC), em conversa com a redação do Diário do Acre, declarou que a proposta não faz sentido e que o estado precisa de mais terras para atender a demanda de trabalhadores rurais, em vez de novas reservas ambientais.

“Chega de reservas que não contribuem para a economia. Precisamos de terras para quem quer trabalhar. Além disso, a região vive muitos conflitos por posse de terras e invasões ilegais, já que o poder público não realiza assentamentos e regularização fundiária. Criar mais reservas é inaceitável”, afirmou Assuero.

Assuero Veronez, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Acre (FAEAC).

Outro empresário do setor, que preferiu não se identificar, também criticou a proposta e a atuação de Socorro e Mailza, comparando-as à ministra Marina Silva. “Elas estão criando mais uma unidade de conservação para impedir o crescimento do Acre. É a ‘Marina 2 e 3’. Estão comprando briga com o setor produtivo”, declarou.

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