Os centros de votação das eleições presidenciais da Argentina encerraram as atividades na tarde deste domingo (22), com o maior índice de abstenção desde o retorno da democracia no país.
A Justiça Eleitoral afirmou que os números não estão atualizados com os eleitores que ingressaram nos locais de votação em horários próximos às 18h e aguardavam na fila para votar.
Mesmo assim, seriam necessários dois pontos para superar a marca deixada pelas eleições de 2007, quando Cristina Kirchner foi eleita, pela primeira vez. À época, apenas 76,2% dos votantes compareceram às urnas.
Apesar do recorde de abstenção, a Justiça Eleitoral afirmou que mais eleitores compareceram nas urnas hoje do que nas primárias de agosto. A participação dos argentinos neste domingo chegou a 74%, enquanto nas prévias, foi de 69% da população apta a votar.
De acordo com o jornal argentino Clarín, o dia foi relativamente calmo nos locais de votação, com alguns episódios de denúncias envolvendo roubo ou adulteração de cédulas nos subúrbios de Buenos Aires.
A previsão da Justiça Eleitoral para que os primeiros resultados sejam divulgados é 22h, como aconteceu nas primárias.
“Temos o mesmo desafio da PASO, que é ter os resultados o mais rápido possível. Esperamos ter um resultado consolidado e representativo, em um horário semelhante ao das primárias de agosto, por volta das 22h”, afirmou o chefe da Direção Nacional Eleitoral (DINE, na sigla em espanhol), Marcos Schiavi.
Os resultados provisórios divulgados na noite deste domingo (22) não têm validade jurídica. Segundo Schiavi, a única finalidade deles é “informar os cidadãos” sobre a votação.
A apuração final das eleições é realizada pela Justiça Nacional Eleitoral e começa 48 horas após o término do pleito.