Tem sido frequente as pessoas próximas do Governador Gladson Cameli defendê-lo com o argumento de que é de família rica, logo não necessitaria praticar crime de corrupção.
Em consequência, as investigações da Polícia Federal não teriam justa causa. Não haveria indícios para o inquérito.
O argumento é frágil. Muito frágil.
Não se sustenta do ponto de vista teológico-filosófico, e nem do ponto de vista do Direito Processual Penal.
E aqui não significa nenhum juízo de culpabilidade. O governador ainda não foi julgado. Goza do princípio da inocência.
Mas, a defesa por esse ângulo é de nenhuma consistência.
Só uma educação baseada nas virtudes cardeais e teologais forma um cidadão incorruptível.
Sócrates, tido como o homem mais sábio pelo oráculo de Delfos, na sua auto defesa, afirmou que sua pobreza era testemunha da sua incorruptibilidade.
Os bens materiais não são sinais de virtudes!
Os indícios que a polícia federal encontrou, entendeu que eram suficientes para a abertura do inquérito.
Os aliados do governador precisam de melhores argumentos.
Os apoiadores do governador precisam ler a Ética a Nicômaco e conhecer pelo menos o Catecismo Católico.
Editorial Diário do Acre