Arlenilson Cunha cobra ações urgentes de saúde mental para policiais penais e pede apoio aos agentes provisórios

Durante a sessão desta terça-feira (2), na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o deputado Arlenilson Cunha (PL) fez cobrou medidas imediatas em prol da categoria dos policiais penais.

Com tom de desabafo, o parlamentar lamentou o suicídio de mais um servidor da segurança pública, ocorrido na última sexta-feira. Ele lembrou que, há apenas três meses, outro colega também tirou a própria vida, episódio que evidencia, segundo ele, a gravidade da crise emocional enfrentada pela categoria.

“Nós precisamos tratar essa questão com urgência. Nossos colegas estão, todas as vezes, diante do estresse, da pressão pela natureza do cargo. Mas nós precisamos ter um trabalho de saúde mental, políticas públicas eficazes, porque o que está morrendo são servidores, são homens e mulheres, pais de família. A categoria da polícia penal está adoecida e colegas estão sucumbindo diante dos olhos do governo”, afirmou.

O deputado também criticou o veto do governo estadual ao projeto que previa a criação do CNPJ para a Polícia Penal, iniciativa que, de acordo com ele, traria benefícios como acesso a armamentos e melhores condições de aquisição de equipamentos. Para Arlenilson, a decisão representa mais um obstáculo em meio ao cenário de abandono enfrentado pela categoria.

Além da defesa da saúde mental dos policiais penais, o parlamentar chamou atenção para a situação dos agentes provisórios, que atuam há mais de uma década no sistema prisional, mas correm o risco de deixar o serviço sem nenhuma garantia.

“Esses colegas já dedicaram 10, 15 anos de suas vidas dentro dos pavilhões, enfrentando criminosos de alta periculosidade. Muitos, inclusive, colocaram suas vidas em risco para proteger a sociedade. Agora estão prestes a sair de mãos vazias, sem nenhum reconhecimento. Peço o apoio desta Casa, porque esses profissionais também merecem respeito e amparo”, declarou.

Arlenilson Cunha anunciou ainda que irá protocolar um requerimento solicitando informações detalhadas sobre a saúde mental dos policiais penais e reforçou que não medirá esforços para buscar alternativas que garantam melhores condições à categoria.

No grande expediente, o deputado retornou à tribuna para se posicionar contra o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, classificando-o como “a maior farsa do direito na história do Brasil”. Para o parlamentar, o processo conduzido pela primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF) apresenta vícios e inconsistências, inclusive nas peças finais apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

“Está claro que esse julgamento consiste em uma vingança. Não é justo ser julgado por um juiz que já processou, por outro que já difamou e por outro que declarou ter como objetivo a derrota do réu. Mas o que não vão conseguir é calar mais de 60 milhões de brasileiros”, afirmou.

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