As viúvas da florestania

“Não sejamos ingênuos! Só a direita defende o agronegócio”!

Ontem foi publicado num site local um artigo de um antigo militante da esquerda acreana em que demonstra regozijo porque o plano de governo de Gladson Cameli não deu a mesma ênfase ao agronegócio, no aludido plano, como o fizera relativamente às eleições de 2018. 

O militante da esquerda acredita que, o destino do atual plano de governo de Gladson Cameli, no que se refere ao agronegócio, será o mesmo que foi dado ao de 2018. Para o progressista, Gladson Cameli em 2018 não acreditava no agronegócio, como continua não acreditando. 

Logo, o plano de governo de Gladson Cameli, no que se refere ao agronegócio, tem como destino a lata do lixo. Usou para significar o desprezo que Gladson Cameli tem para o agronegócio, a expressão pejorativa que era usada pelo programa humorístico “Casseta & Planeta. Isto é, a “solução tabajara” do agronegócio, não era para ser levada a sério. 

Ao mesmo tempo em que demonstra regozijo por não ver o agronegócio como uma das mais importantes propostas do atual governador, destaca como significativo, que o perfil de Gladson Cameli não é de direita, como outros candidatos que concorrem ao pleito atual. 

Demonstra simpatia ideológica com o chefe do executivo estadual. Insinua, portanto, que o atual governo foi capturado pela esquerda, que hoje é quem aponta o caminho a ser seguido. 

Vê-se, claramente, que o articulista tem um perfil de esquerda que o conserva desde que atuava nos governos anteriores de Jorge Viana, Binho Marques e Tião Viana, governos que adotaram a “Florestania”, como estratégia para o desenvolvimento do Estado do Acre. 

Para o saudosista da “Florestania”, o abandono da tese do agronegócio como estratégia de desenvolvimento do Estado do Acre pelo atual governador, deu-se em razão de que a politica do agronegócio aqui fracassou. O governo compreendeu que Goiás e Mato Grosso não são paradigmas para nossa realidade. Acredita que os técnicos do governo entenderam que o desemprego ora reinante nessas plagas, é fruto da crise de 2015 a 2018. 

O escriba parece se colocar em sintonia com essa guinada que deu o atual governador para a postulação do seu segundo mandato. Ou seja, estão em consenso de que o agronegócio não pode ser a ideia força do plano de governo, de um governador que lhe parece ter um perfil de esquerda. 

E continua o articulista.

Acredita que a crise que sobreveio ao Estado do Acre é fruto da queda do PIB, em mais de 7%, no período que vai de 2015 a 2017, que era exatamente no período em que estava no poder o Partido dos Trabalhadores (PT), com cuja política equivocada o autor do artigo se alinha, e que gerou 14 milhões de desempregados, inclusive no Estado do Acre. 

Numa defesa indireta da “Florestania”, e para justificar tal política, como absolutamente acertada, o articulista diz que, no Governo Jorge Viana, que se iniciou em 1999, o rebanho do Estado do Acre era de 922 mil cabeças. Em 2010, o rebanho do Estado do Acre já era de 2,6 milhões. Comemora o crescimento do rebanho, em uma década, no percentual de 183%. 

Não sabemos o motivo pelo qual o articulista não faz a comparação do rebanho bovino do Acre com o do Estado vizinho de Rondônia. Quando Rondônia se tornou Estado em 1982, o Acre já era Estado desde 1963, e tinha um rebanho bovino superior ao vizinho. Hoje, Rondônia tem 16 milhões de cabeças de gado. O rebanho bovino de Rondônia é quase 5 vezes maior que o do Acre.

O Plano de governo de Jorge Viana, candidato que é nessas eleições, nem sequer faz referência à palavra “Florestania”.  Agora defende o agronegócio sustentável. Significa que abandonou sua tese? De modo algum!  Alterou apenas a linguagem, como o faz todo esquerdista para camuflar suas convicções. É o que George Orwell, em seu clássico “1984”, chama de Novilíngua. Por exemplo, a Coreia do Norte se diz uma república democrática. 

Jorge Viana e o articulista que afirma ter o agronegócio aqui fracassado, comungam da mesma crença: o ódio ao agronegócio

A boa notícia é que, um outro candidato de direita, cujo nome o articulista não citou – mas, ficou surpreso por ser do MDB – defende o agronegócio como estratégia de desenvolvimento do Acre. 

Em seu plano de governo, a deputada federal Mara Rocha citou o agronegócio 9 vezes. A palavra agricultura foi citada 10 vezes. E a questão rural citada 31 vezes. Mara Rocha não faz segredo de sua convicção de que o agronegócio (sustentável), em sintonia com o Presidente Bolsonaro, é a grande solução não só para o Acre; mas para o Brasil, que já é o celeiro do mundo. 

A expectativa é que, até o ano de 2050, o agronegócio do Brasil esteja alimentando mais de 10 bilhões de pessoas em todo planeta. Atualmente, 1\5 da população do mundo é alimentada pelo agronegócio brasileiro. 

Mara Rocha, que além de um projeto para o Acre tem também um projeto para o Brasil, na mesma linha do presidente Jair Bolsonaro, e defende com energia a estratégia do Agronegócio, como solução – não tabajara como assim chamou o articulista – para a crise atual do Acre, em que se vê os jovens, por falta de perspectiva, indo embora para outros Estados. 

E porquê não se pode acreditar que a esquerda acreana, se voltar ao poder, retoma a estratégia da política equivocada da Florestania.

O ódio ao agronegócio é uma pauta da esquerda. O motivo desse ódio é que, nessa agenda ambientalista está a ideia sedutora de preservação, que é, intrinsecamente correta, mas que passa a ser perniciosa quando se torna um meio de ação política. 

Sobre esse tema (ambientalismo radical), quem melhor enfrentou à questão foi Dom Bertrand de Orleans e Bragança, no livro “Psicose Ambientalista”, que fala dos bastidores do ecoterrorismo para implantar uma religião ecológica e anticristã no Brasil e no mundo, sob a ótica da nova ordem mundial. 

“Agro é morte”. “Essa é a linha ideológica que permeia toda a militância de esquerda, que tem o agronegócio como um dos principais males a serem combatidos. Essa aversão não surge num vácuo histórico, mas tem raízes na própria doutrina marxista original, que aponta o empresário como o inimigo social”.

“Para um esquerdista, não há diferença entre um empresário rural e um empresário urbano. Ambos organizam fatores de produção com o objetivo de auferirem lucros. Assim, na tradicional ótica marxista, ambos são igualmente exploradores e merecem repulsa”. 

Portanto, nunca acredite que um esquerdista (socialista\comunista), vai defender o agronegócio!  É um princípio ideológico. A esquerda quer implantar o comunismo com a bandeira do ambientalismo.

Não sejamos ingênuos! Só a direita defende o agronegócio!

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