O documentário “Águas do Rio Acre” previu o colapso do Rio Acre, que atingiu uma marca alarmante de 1,54 metro na última quarta-feira (24), segundo o Serviço Geológico Brasileiro (SGB). A pesquisa realizada em Rio Branco revela uma queda de dois centímetros em relação ao dia anterior, deixando o rio perigosamente próximo de sua pior cota histórica: 1,25 metro, registrada em setembro de 2022. Sete municípios do Acre já declararam estado de emergência devido à estiagem, e a capital, Rio Branco, entrou em estado de emergência em 28 de junho por conta do baixo nível do rio e da escassez de chuvas.
A situação é crítica: a prefeitura de Rio Branco distribui diariamente mais de 200 mil litros de água. Em Jordão, a 839 km da capital, a emergência foi decretada em 11 de julho devido à baixa nos níveis dos rios Jordão e Tarauacá. Feijó, Epitaciolândia e Bujari seguiram o mesmo caminho na semana passada. A seca afeta não só o Rio Acre, mas também os rios Purus, Juruá, Tarauacá, Envira e Iaco. Em Epitaciolândia, na fronteira com a Bolívia, 18 mil moradores sofrem com a falta de água. Em Feijó, a situação é tão grave que o isolamento de ribeirinhos e indígenas está à vista devido à perda de navegabilidade dos mananciais, comprometendo o abastecimento de alimentos e outros insumos essenciais.
As famílias que dependem do rio para sua subsistência enfrentam desafios enormes. A integridade do Rio Acre está ameaçada pela falta de tratamento de esgoto, poluição descontrolada e negligência ambiental. Especialistas como Claudemir Mesquita alertam sobre os impactos devastadores: 82% do esgoto não tratado é despejado diretamente nos rios.
Sob a direção de Rodrigo Pires e Gabriel Rotta, o documentário foi lançado no começo de janeiro é um grito de alerta, uma denúncia contra a inércia de uns e um apelo à consciência coletiva.
Não perca este documentário. Assista, reflita e compartilhe: “Quem se preocupa com o futuro, se preocupa com os rios da Amazônia.”