A Associação de Bares, Restaurantes, Conveniências, Distribuidoras e Eventos do Acre (Abracre) manifestou-se contra a PEC que visa eliminar a escala 6×1, que atualmente estabelece seis dias de trabalho seguidos por um de descanso. Para a Abracre, essa mudança resultaria em aumentos de custos inevitáveis que teriam de ser repassados aos clientes. Segundo Abílio Neto, presidente da entidade e conhecido como DJ Black, o impacto financeiro afetaria tanto empresas quanto consumidores. “Isso vai acarretar um aumento nos custos operacionais, e o consumidor vai sentir isso automaticamente”, comentou.
Caso a proposta avance, Black sugere que o Brasil adote um sistema similar ao “modelo americano”, permitindo que trabalhadores noturnos recebam por hora trabalhada, desvinculado de uma jornada fixa. Ele acredita que esse modelo flexível poderia ajudar a mitigar o impacto financeiro da medida para o setor de entretenimento.
A proposta de Emenda à Constituição, liderada pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP), já conta com o apoio formal de todos os oito parlamentares da bancada acreana, embora ainda necessite de aprovação em plenário. No total, foram registradas 194 assinaturas para que a PEC inicie tramitação na Câmara. Para se tornar lei, o projeto ainda passará por comissões e exigirá três quintos dos votos tanto na Câmara quanto no Senado, em duas rodadas de votação em cada Casa.
Críticos, como Paulo Solmucci Júnior, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), classificam a proposta como “estapafúrdia”, alertando que a medida ameaça a viabilidade de bares e restaurantes, que enfrentariam dificuldades financeiras se não puderem atender os clientes sete dias por semana.