Assuero Veronez fala sobre processo envolvendo geoglifo no Acre: ‘Foi um acidente, geoglifos têm que ser valorizados’

Nesta quarta-feira, 03, começaram a circular notícias sobre um processo movido pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o produtor Assuero Veronez, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Acre (Faeac). O processo diz respeito à destruição de um geoglifo no Acre, aterrado em 2019 na fazenda Crixá, em Capixaba.

O MPF solicita à Justiça Federal uma indenização e a restauração do sítio arqueológico, além do pagamento de R$ 200 mil por danos morais coletivos. Em resposta, Assuero Veronez falou com a redação do Diário do Acre.

Segundo Assuero, o assunto já foi amplamente divulgado anteriormente, e a novidade agora é o ajuizamento da ação. Ele relata que, em momento anterior, o MPF propôs um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que ele considerou impossível de ser cumprido. O produtor alega que a restauração do geoglifo seria praticamente inviável.

“Bom, isso aconteceu por ato exclusivo de um gerente lá na fazenda, eu vou pouco na fazenda porque eu estou sempre com muitas atribuições, muita viagem, e ele achou que podia fazer, não deu importância. De qualquer forma, eu sou proprietário da fazenda, sou o empregador desse gerente e portanto cabe a minha responsabilidade também e não fujo delas”, disse Assuero. 

O produtor afirma que, inicialmente, um acordo foi aceito pelo MPF, no qual ele e seu empregado pagaram multas e realizaram medidas para isolamento da área danificada. O inquérito foi arquivado, mas posteriormente reaberto por ação do IPHAN, resultando na atual ação do MPF.

“Bom, eu dei todas as minhas razões, estava disposto a cumprir o que fosse determinado, estou disposto a assumir o ônus, das multas pecuniárias que possam existir e fazer uma ação junto à região de educação patrimonial, ou seja, divulgar a importância dos geoglifos, porque tem mais de mil geoglifos já identificados e diz o IPHAN que não tem nenhum por um cento identificado ainda, porque a maioria está dentro das matas. Então era importante fazer um trabalho que o IPHAN não faz e ninguém faz, de divulgação da importância, levar para as escolas, para os alunos, para eles aprenderem, etc., para isso ser valorizado e não ser destruído”, argumenta.

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