A vida de pacientes que chegam ao Pronto-Socorro de Rio Branco e que precisam do serviço de anestesia pode correr risco por falta de profissional. O alerta preocupante é feito pelo médico anestesiologista Aníbal Zegarra, que, simplesmente, é o coordenador do serviço na unidade de saúde.
De acordo com o ofício, o coordenador do serviço informou à direção da maior unidade de saúde de urgência e emergência do Acre, que a empresa terceirizada deixou de fornecer profissionais nos dias 19, 21, 23, 25, 27, 29 e 31 do mês de março e não indicou um substituto.
O médico relata ainda que no último dia 30 de março, data em que o ofício foi enviado, a empresa enviou uma escala incompleta, faltando profissionais, o que compromete o atendimento no hospital que trabalha com pacientes que correm risco de morte.
Aníbal Zegarra diz ainda, textualmente, que a situação foi alertada. “Esta situação de risco para o profissional e paciente grave do estado, foi a que tentamos solucionar a tanto tempo com ajuda do CRM, SINDIMED e MP e não deveríamos permitir que volte a acontecer”, escreve no ofício.
No final do documento, o médico pede providências urgentes e lembra da responsabilidade com a vida de pacientes em situação de urgência e emergência.
O contrato da Secretaria de Saúde com a empresa BONE foi alvo de investigação do Ministério Público do Estado do Acre. No final do ano passado, o MPAC abriu uma investigação devido a supostas irregularidades em contrato realizado com a empresa Bone Medicina Especializada, no valor de R$ 21.286.800.00 milhões. A informação foi divulgada no Diário Eletrônico do MP do dia 15 de dezembro de 2022.
O Ministério Público informou à época que as investigações seriam aprofundadas tendo em vista a necessidade das informações acerca do contrato que foram levadas à Promotoria de Justiça Especializada.

Da redação do Diário do Acre, com informações do Ac24horas.