O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro, calculado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), recuou 0,8% no primeiro trimestre de 2022, resultado decorrente em grande medida da forte alta dos custos com insumos, tanto na agropecuária quanto nas agroindústrias.
Ressalta-se que tal queda se verifica frente ao patamar recorde de PIB alcançado em 2021, ano em que o recorde obtido em 2020 foi renovado. Considerando esse desempenho no primeiro trimestre de 2022 e o comportamento do PIB brasileiro no período, estima-se que a participação do setor na economia fique em por volta de 26,24% em 2022, pouco abaixo dos 27,6% registrados em 2021.
Entre os segmentos do agronegócio, o PIB cresceu no primeiro trimestre apenas para o de insumos (9,61%), com quedas no primário (2,48%), na agroindústria (0,43%) e nos agrosserviços (1,51%) – ver Tabela 1. O desempenho do segmento de insumos foi impulsionado sobretudo pelas valorizações de preços dos insumos agrícolas, como fertilizantes, defensivos e máquinas – o que, por sua vez, se reflete na pressão de custos sobre a agricultura mencionada. Pela perspectiva dos ramos do agronegócio, os cenários foram de baixa para o agrícola (-0,75%) e para o pecuário (-0,96%).
Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)