Bittar mostra que ‘escolhas têm consequências’ ao abandonar Jéssica Sales e apoiar Zequinha Lima

A política é, por essência, um campo minado de reviravoltas e traições. E, mais uma vez, Cruzeiro do Sul se tornou palco de uma dessas intrigas típicas de novelas mexicanas. O Partido Liberal (PL) comunicou oficialmente que rompeu com a pré-candidatura da médica Jéssica Sales (MDB) à prefeitura e decidiu alinhar-se com Zequinha Lima, pré-candidato do Progressistas à reeleição.

O comunicado do PL foi direto ao ponto, sem rodeios. O rompimento se deu devido à escolha do vice na chapa de Jéssica. O texto não deixa dúvidas: “É direito da pré-candidata optar pelo vice que a interesse mais, assim como é direito do PL decidir seus caminhos políticos. O partido vem por meio desta nota declarar a decisão de ruptura da aliança formada com o MDB.” Simples assim. Escolhas têm consequências.

O anúncio do apoio a Zequinha não foi uma mera coincidência. Aconteceu logo após um café da manhã entre o governador Gladson Cameli (Progressistas) e o senador Marcio Bittar (União-AC). 

Zequinha, com sua coalizão de partidos, está preparado para enfrentar a família Sales. Ele veio inclusive de Cruzeiro do Sul para participar da reunião em Rio Branco, onde o apoio de Bittar ao seu nome foi oficialmente selado. Essa reunião contou com a presença do chefe da Casa Civil Jonathan Donadoni, e Edson Bittar, o braço direito do senador.

Nos bastidores, o murmúrio era claro: Bittar estava insatisfeito com a decisão de Jéssica e do MDB de escolherem o advogado João Tota Filho como vice. O jurista, ligado ao PSD, tem o apoio do senador Sérgio Petecão (PSD). Esse movimento foi visto como uma afronta, e Bittar não deixou barato. A política, como bem sabemos, não perdoa desaforos.

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