Boi gordo a 195/@ nas principais praças do BR preocupa produtores; veja cenário

“Com carne de mais e consumo de menos, o mercado perdeu impulso de maneira geral e provavelmente seguirá nessa tendência até o final de maio”; confira as cotações e perspectivas.

Os preços do boi gordo no mercado físico seguem pressionados para baixo devido a condições climáticas adversas e aumento na oferta de animais. De acordo com Fernando Henrique Iglesias, analista da Consultoria Safras & Mercado, a escassez de chuvas nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e parte do Norte do país tem prejudicado a qualidade das pastagens. Este cenário tem levado a um maior número de animais sendo colocados à venda, uma tendência que deve se estender ao longo de junho.

A oferta elevada de gado terminado a pasto tem facilitado a composição das escalas de abate pelas indústrias, que estão conseguindo negociar em níveis cada vez mais baixos. Segundo a Agrifatto, essa dinâmica confere às indústrias uma vantagem significativa nas negociações com os pecuaristas. “As indústrias estão conseguindo manter as suas programações de abate sem dificuldades, o que lhes dá uma vantagem maior nas negociações com os pecuaristas”, ressalta.

De acordo com a Scot Consultoria, nesta quinta-feira (23/5), poucos negócios foram fechados na praça de São Paulo, mantendo a estabilidade na arroba do boi gordo local. “Com as escalas de abate, em média, para 10 dias, muitos compradores optaram por ficar fora do mercado”, afirmam os analistas da Scot, referindo-se ao mercado paulista.

Preços do boi gordo

São Paulo — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China”, R$230,00. Média de R$222,50. Vaca a R$200,00. Novilha a R$210,00. Escalas de abates de catorze dias;

Minas Gerais — O “boi comum” vale R$195,00 a arroba. O “boi China”, R$205,00. Média de R$200,00. Vaca a R$180,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de catorze dias;

Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de onze dias;

Mato Grosso — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China”, R$210,00. Média de R$205,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de catorze dias;

Tocantins — O “boi comum” vale R$195,00 a arroba. O “boi China”, R$205,00. Média de R$200,00. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de quinze dias;

Pará — O “boi comum” vale R$195,00 a arroba. O “boi China”, R$205,00. Média de R$200,00. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de quinze dias;

Goiás — O “boi comum” vale R$195,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$205,00. Média de R$200,00. Vaca a R$180,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de catorze dias;

Rondônia — O boi vale R$185,00 a arroba. Vaca a R$170,00. Novilha a R$175,00. Escalas de abate de catorze dias;

Maranhão — O boi vale R$200,00 por arroba. Vaca a R$175,00. Novilha a R$175,00. Escalas de abate de doze dias;

Paraná — O boi vale R$215,00 por arroba. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de onze dias.

Conforme o indicador do boi gordo CEPEA/B3 de 23 de maio de 2024, a arroba foi cotada a R$ 222,50, registrando uma variação negativa de 0,54% em relação ao dia anterior e uma queda de 2,99% no acumulado do mês. Em termos de dólar, o valor da arroba foi de US$ 43,16. Esses dados refletem a pressão baixista no mercado, decorrente da alta oferta de animais e da demanda fraca, características que têm marcado o setor nas últimas semanas.

boi gordo

Mercado atacadista

O mercado doméstico de carne bovina, em geral, opera sem alterações significativas, informa a Agrifatto. A redução do consumo interno, diz a consultoria, tem desencadeado um escoamento lento e baixa rotatividade nesta segunda metade do mês, tanto no varejo quanto no setor de distribuição (atacado).

“As vendas de carne (com e sem ossos) seguem enfraquecidas, acumulando mercadorias nos distribuidores, sem previsão de descarga”, enfatiza a Agrifatto. Na avaliação dos analistas, mesmo que haja alguma melhoria nas distribuições do atacado e nas vendas do varejo, isso apenas aliviará parte do excesso de mercadorias encalhadas.

“Com carne de mais e consumo de menos, o mercado perdeu impulso de maneira geral e provavelmente seguirá nessa tendência até o final de maio”, acreditam os analistas, que acrescentam: “Uma melhora das vendas, em volume, só será provável no início de junho, com o pagamento dos salários correspondente ao mês atual”.

ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira, do Compre Rural.

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