O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) convocou apoiadores, nesta segunda-feira, 12, para um ato para se defender publicamente de acusações que se intensificaram neste ano nos inquéritos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e operações da Polícia Federal (PF).
Em vídeo publicado nas redes sociais, ele disse que estará na Avenida Paulista, no próximo dia 25, às 15 horas. Bolsonaro pediu que as pessoas não levem cartazes nem faixas “contra quem quer que seja” — e apenas usem roupas com as cores da bandeira brasileira.
“Estarei na Paulista realizando um ato pacífico em defesa do nosso Estado Democrático de Direito. Peço a todos vocês que compareçam trajando verde e amarelo. Não compareçam com qualquer faixa ou cartaz contra quem quer que seja”, disse, em postagem no Twitter/X. “Mais do que discurso, quero uma fotografia de todos vocês, porque vocês são as pessoas mais importantes desse evento, para mostramos para o Brasil e para o mundo a nossa união, as nossas preocupações e o que queremos.”
Bolsonaro age depois de operação da PL
A convocação por parte de Bolsonaro ocorre, a saber, dias depois da deflagração da Operação Tempus Veritatis. Aliados do ex-presidente da República foram alvo da ação sob comando de agentes da PF. Os ex-assessores Filipe Martins e Marcelo Câmara, por exemplo, foram presos.
Além disso, a operação culminou na prisão do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto. Inicialmente, ele era alvo apenas de mandado de busca e apreensão, mas acabou preso em flagrante por porte ilegal de arma e posse de pedra de ouro. O dirigente partidário chegou a ter a prisão preventiva decretada por Moraes, entretanto, deixou a cadeia na noite do último domingo, 10.