Nesta quarta-feira (16), o presidente Jair Bolsonaro (PL) respondeu os ataques do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso e do ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin. Para Bolsonaro, os magistrados, incluindo Alexandre de Moraes, querem torná-lo inelegível na “base da canetada” para beneficiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O presidente afirmou que, além de Fachin, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes fizeram “acusações”.
“Eu estou em Moscou, ainda em solo russo. Uma crítica de, na verdade, três autoridades do TSE que integram o STF… é triste e constrangedor para mim receber essa acusação como se a Rússia se comportasse como país terrorista digital. Eles têm certeza, o Fachin, o Barroso e o senhor Alexandre de Moraes, que estou na Rússia. É lamentável esse tipo de declaração. Confesso que, se não visse as imagens e fosse matéria escrita, ia falar que é fake news”, disse Bolsonaro.
Nesta quarta-feira, Fachin disse que há riscos de ataques de diversas formas e origens ao sistema eleitoral brasileiro. O ministro assume a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na semana que vem.
“Difícil continuar três ministros do STF agindo dessa maneira. É uma perseguição clara à minha pessoa … Essas três pessoas (Fachin, Barroso e Moraes) não contribuem com o Brasil em nada”, criticou o Bolsonaro, que ainda reforçou que os ministros tentam desgastar o governo para “eleger seu candidato, que é o Lula”. As falas foram dadas em entrevista à Rádio Jovem Pan, durante viagem à Rússia.
O chefe do executivo disse, ainda, que “jamais faria o que ele (Fachin) fez, dando início à anulação do julgamento do sr. Lula”. O comentário faz referência à decisão do ministro, em março de 2021, de anular todas as condenações do ex-presidente pela Justiça Federal no Paraná relacionadas à Operação Lava Jato. “Querem entregar a faixa ao ex-presidiário Lula”, declarou.