Entre os quatro candidatos à Presidência da República das eleições de 2022 mais pesquisados no Google, Jair Bolsonaro (PL) aparece na liderança. Contudo, quando o assunto é a despesa da campanha, o chefe do Executivo e candidato à reeleição é o que menos gasta recursos nessa lista. O primeiro colocado no quesito gastança é Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 100% financiado pelo Fundo Eleitoral — ou seja: pelo pagador de impostos.
Segundo um levantamento de dados feito no site da Justiça Eleitoral Lula já contratou quase R$ 52 milhões para usar e reservou R$ 88 milhões do Fundo Eleitoral para a disputa de 2022.

Bolsonaro empenhou cerca de R$ 15 milhões. A campanha do presidente à reeleição tem duas fontes de receitas: R$ 10 milhões do Fundo Partidário e R$ 11 milhões de recursos privados, conseguidos com doações. Até o momento, nenhum centavo reservado pelo chefe do Executivo vem do Fundo Eleitoral, de acordo com os dados da Justiça disponibilizados até esta segunda-feira, 19.
Simone Tebet (MDB) é a menos pesquisada no Google entre os quatro, apesar de ser a segunda colocada em gastos: R$ 33 milhões, praticamente. A campanha da emedebista é quase integralmente bancada pelo pagador de impostos. Do montante reservado para o custeio por ela, R$ 23 milhões vêm do Fundo Eleitoral, R$ 13 milhões do Fundo Partidário e apenas R$ 200 mil de recursos privados, doados pelo senador Tasso Jereissati (PSDB).
Gastos com big techs
As big techs aparecem em posição de destaque entre os fornecedores nas eleições de 2022. Dessas empresas, o Facebook tem o maior faturamento com os candidatos até o momento: próximo de R$ 40 milhões. O segundo lugar é do Google: R$ 26 milhões, aproximadamente.
Lula também libera nos gastos com o Google: por volta de R$ 2 milhões. Simone Tebet gastou praticamente o mesmo valor com o Facebook, ficando no topo de despesas com a empresa de Mark Zuckerberg.
Simone lidera somando os custos declarados com as duas empresas (R$ 2,7 milhões). Lula é o segundo colocado, tendo apenas gastado com o Facebook. Ciro é o terceiro (R$ 1,4 milhão, juntando as companhias). Bolsonaro, novamente, teve o menor dispêndio: cerca de R$ 540 mil totalmente destinados ao Google.