Motoristas relatam viagens até cinco horas mais longas, aumento no consumo de combustível e risco crescente por conta dos buracos e pontes danificadas.
A BR-364 voltou a entrar em colapso com o avanço do inverno no Acre, agravando ainda mais a rotina de quem depende da rodovia para chegar ao Vale do Juruá. O trecho de 680 quilômetros entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul acumula buracos profundos, erosões e desníveis que se multiplicam a cada semana, tornando o tráfego lento e arriscado.
O cenário provoca um verdadeiro caos para quem vive ou trabalha na região. Viagens que já foram feitas em poucas horas agora levam quase o dobro do tempo, aumentando o desgaste físico dos motoristas, o consumo de combustível e o custo geral do transporte de cargas e passageiros. Para a população do Juruá, isso significa mercadorias mais caras, serviços atrasados e dificuldade de deslocamento até a capital.
A situação se agrava também por conta das pontes que apresentam risco estrutural. No Rio Caeté, a ponte antiga precisou ser reativada apesar dos problemas, enquanto no Rio Purus surgiram rachaduras que preocupam motoristas e podem levar a novas interdições se a estrutura ceder. Cada ponto crítico adiciona mais insegurança ao trajeto, que já é considerado um dos mais desafiadores da região Norte.
Com o aumento das chuvas, trechos inteiros da rodovia se tornam intransitáveis, e o tráfego pesado de caminhões acelera a deterioração do asfalto. O resultado é uma estrada que opera no limite, prejudicando o abastecimento do Vale do Juruá e dificultando o acesso a serviços essenciais na capital.
O Dnit afirma que mantém equipes realizando operações de tapa-buraco, mas usuários relatam que as ações paliativas não conseguem conter a velocidade da degradação durante o período chuvoso.




