A falta de renovação na categoria preocupa o setor e ameaça a logística nacional.
O transporte de cargas brasileiro, responsável por mais de 60% das riquezas movimentadas no país, vive um período de alerta. Embora as rodovias sigam cheias de caminhões, o setor enfrenta uma crise silenciosa: a rápida redução no número de motoristas profissionais, que ameaça a atividade nos próximos anos.
Segundo levantamento recente, o Brasil perdeu quase 1,2 milhão de condutores habilitados para dirigir caminhões nos últimos dez anos. Em 2015, eram mais de 5,5 milhões; hoje, o número não alcança 4,4 milhões. A categoria envelheceu, e a renovação não acompanha o ritmo das aposentadorias e desistências. A idade média dos profissionais chega a 46 anos, e já há mais caminhoneiros acima dessa faixa do que jovens iniciando na profissão.
A Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos aponta que quase metade dos motoristas pretende deixar a estrada nos próximos anos, movimento que acende um alerta em um país onde 65% das mercadorias dependem exclusivamente do modal rodoviário. Entre os principais motivos estão jornadas exaustivas, insegurança nas rodovias e baixos ganhos.
Entidades que representam o setor admitem que a categoria precisa ser valorizada para evitar um colapso futuro. A falta de mão de obra qualificada afeta diretamente empresas de transporte, que já enfrentam dificuldades para preencher vagas e manter a operação em ritmo normal. Com informações do portal R7





