Bruna Ferreira, detida desde novembro, poderá deixar o centro de detenção mediante pagamento de fiança, mas ainda enfrenta processo de deportação.
A brasileira Bruna Ferreira, que é mãe do sobrinho de Karoline Leavitt, porta-voz de Donald Trump, recebeu autorização judicial para deixar o centro de detenção onde está presa desde 12 de novembro. A decisão, tomada pela juíza de imigração Cynthia Goodman nesta segunda-feira (8/12), estabelece o pagamento de uma fiança de US$ 1,5 mil, valor mínimo permitido para sua liberação.
Segundo o The Washington Post, o advogado que representava o governo Trump não se opôs à medida. Ele concordou com os argumentos da defesa de que Bruna não representa ameaça à sociedade nem risco de fuga. Apesar da liberação, ela ainda deverá responder a um processo de deportação que pode resultar em seu retorno ao Brasil.
Na entrevista concedida ao jornal norte-americano, Bruna relatou não ter contato com o filho, Michael, de 11 anos, desde o dia da detenção. A brasileira disse ter tentado falar com o garoto por meio do ex-companheiro, Michael Leavitt, mas afirma não ter obtido resposta. Ela contou que deixou o filho na escola em New Hampshire pela manhã e deveria buscá-lo à tarde — o que não ocorreu devido à prisão. “A imagem do meu filho esperando e não ter ninguém para buscá-lo não sai da minha cabeça”, disse, emocionada.
Durante o período em custódia, Bruna afirmou ter sido transferida por unidades de detenção em Vermont, Filadélfia e Texas, descrevendo o processo como sendo tratada “como gado”. Ela relatou ainda ter virado alvo de curiosidade entre outras detentas após vir à tona sua ligação com a família de uma integrante do alto escalão da campanha de Trump.
O pai da criança, Michael Leavitt, evitou entrevista, mas respondeu por mensagem ao Post. Ele negou qualquer participação na detenção de Bruna e rejeitou rumores de que estaria impedindo o filho de manter contato com a mãe.


