A cúpula do Brics deste ano, que ocorrerá de 22 a 24 de outubro em Kazan, Rússia, será a primeira após a inclusão de quatro novos países: Irã, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Egito, que se juntaram ao grupo em janeiro. Originalmente composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o bloco debateu sua expansão durante a cúpula de 2023, resultando na adesão dos novos membros. A Arábia Saudita e a Argentina, convidadas na mesma ocasião, ainda não concluíram suas respectivas adesões.
O encontro de 2024 deve seguir com a estratégia de multilateralismo e pode selar a entrada de novos membros. Segundo o governo russo, 34 nações demonstraram interesse em aderir ao Brics, sendo que 23 já formalizaram seus pedidos. A Turquia é a mais recente solicitante, buscando diversificar suas alianças além do Ocidente, em meio às dificuldades de ingresso na União Europeia.
A Sérvia também expressou interesse em integrar o Brics, vendo o grupo como uma alternativa à UE. Na América do Sul, Colômbia e Venezuela aspiram a ingressar no bloco. Para a Colômbia, a entrada seria uma oportunidade de fortalecer a união sul-americana, enquanto a Venezuela vê sua adesão como uma vantagem estratégica devido aos seus recursos naturais. Durante a cúpula de Kazan, os 9 países integrantes do Brics estarão representados, assim como pelo menos 15 das 23 nações que manifestaram interesse em aderir ao bloco.