O Ibovespa perdeu o nível dos 149 mil pontos e reduziu alta após o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de setembro mostrar uma criação de vagas maior do que a esperada, gerando dúvidas sobre quando o Banco Central (BC) deve começar a diminuir os juros – gatilho importante para a renda variável. Contudo, o índice conseguiu driblar a queda vista nas Bolsas de Nova York e renovou, pelo quarto pregão consecutivo, recorde de fechamento, respaldado pelo acordo sino-americano e a temporada de balanços. No sétimo avanço seguido, acumulando alta de 3,23%, o Ibovespa fechou aos 148.780,22 pontos (+0,10%) após oscilar dos 147 546,46 (-0,73%) aos 149.234,04 (+0,40%) pontos. O giro financeiro somou R$ 20,82 bilhões.
A mínima da Bolsa ocorreu perto da abertura, quando parte do mercado embolsava lucros na esteira de um ambiente mais cauteloso do exterior. Contudo, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) com queda de 0,36% em outubro, mais intensa do que a mediana das estimativas do Projeções Broadcast (-0,23%), ajudou a fazer o mercado focar na expectativa de corte pela Selic. Ainda pela manhã, o Ibovespa renovou recorde histórico intradia aos 149,2 mil pontos. Contudo, à tarde o movimento perdeu força após o Caged mostrar criação de 213.002 postos. O maior gerador de vagas foi o setor de serviços, com um saldo de 106.606 postos formais de trabalho. A indústria registrou o segundo maior saldo, com 43 095 postos.
O dólar apresentou alta firme em relação ao real nesta quinta-feira (30) em sintonia com o comportamento da moeda americana no exterior. Com máxima de R$ 5,39 e mínima de R$ 5,37, o dólar à vista fechou em alta de 0,40%, a R$ 5,38. Apesar disso, a divisa ainda perde 0,21% na semana. Em outubro, a moeda americana avança 1,09% em relação ao real, após recuo de 1,83% em setembro Na sexta, ocorre a tradicional disputa pela formação da última taxa Ptax do mês, o que pode exacerbar a volatilidade.
Investidores promoveram ajustes nas apostas em torno do tamanho do afrouxamento monetário nos Estados Unidos, após o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, afirmar na quarta-feira que um novo corte de juros em dezembro não está garantido. A sinalização de uma postura mais cautelosa do Fed daqui para frente, após duas reduções seguidas da taxa básica americana em 25 pontos-base, dominou as atenções do mercado, que deixou em segundo plano o anúncio de um entendimento comercial entre Estados Unidos e China, em grande parte já esperado.
Depois de reunião na Coreia do Sul com o presidente da China, Xi Jinping, Donald Trump anunciou na madrugada desta quinta que vai reduzir as tarifas de importação sobre produtos chineses de 57% para 47%. Em contrapartida, Pequim teria prometido restringir o envio aos EUA de substâncias químicas usadas na produção de fentanil. Pela manhã, em publicação na Truth Social, Trump afirmou que a China teria concordado em manter o fluxo de terras raras e minerais críticas “de forma aberta e livre”. Segundo o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, os documentos com os acordos com a China deverão ser assinados oficialmente na próxima semana.
 
								 
								 
															



 
								

