Câmara garante direito de despachar mala de até 23 kg sem custo adicional

Deputados também garantiram que empresas não poderão cobrar por marcação de assento padrão nem cancelar trecho de volta se o passageiro faltar ao voo de ida.

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (28) o texto que garante gratuidade para bagagem de mão e despachada de até 23 kg em voos domésticos e internacionais operados no Brasil. A proposta foi aprovada de forma simbólica, com 361 votos favoráveis e 77 contrários na votação do destaque que incluiu o direito ao despacho gratuito. O texto segue agora para análise do Senado Federal.

O projeto de lei, apresentado pelo deputado Da Vitória (PP-ES), surgiu após discussões sobre a possibilidade de companhias aéreas voltarem a cobrar por bagagens de mão em voos nacionais. O relatório do deputado Neto Carletto (Avante-BA) previa apenas a gratuidade para bagagens de mão de até 12 kg, mas o plenário decidiu ampliar o benefício, garantindo também o despacho gratuito de uma mala de até 23 kg sem custos adicionais, segundo informações da CNN Brasil.

De acordo com o texto aprovado, os passageiros poderão levar uma bagagem de mão de até 12 kg e um item pessoal de pequeno porte, como bolsas ou mochilas. Caso o volume não possa ser acomodado na cabine por razões de segurança ou falta de espaço, a companhia deverá transportá-lo gratuitamente como bagagem despachada. A medida também proíbe que as empresas cobrem taxas extras por assentos padrão ou cancelem o trecho de volta se o passageiro não embarcar no voo de ida decisão que foi aprovada com 445 votos a favor e apenas 10 contrários.

Durante a votação, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que o resultado é um recado ao setor aéreo de que o Parlamento não concorda com o aumento de custos para os consumidores. “É um recado de que não compactuaremos com cobranças abusivas em um momento em que o brasileiro já paga caro pelas passagens aéreas”, declarou.

A aprovação foi celebrada por parlamentares como uma resposta à crescente insatisfação dos passageiros com as taxas adicionais aplicadas pelas companhias aéreas nos últimos anos. O texto, que ainda precisa ser avaliado pelo Senado, representa uma tentativa de reverter cobranças que foram liberadas em 2017 pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), quando as empresas passaram a poder cobrar pelo despacho de bagagens em voos domésticos.

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