O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, informou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) autorizou instituições financeiras credenciadas a renegociarem dívidas de caminhoneiros e motoristas de cargas autônomos. A medida aconteceu após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter feito um aceno aos caminhoneiros durante o lançamento do Plano Safra 2024/25.
Em publicação nas redes sociais, Fávaro informa que as principais medidas acatadas pelo BNDES para apoio aos caminhoneiros são:
- Suspensão de até seis meses de prestações, podendo incluir as vencidas e a vencer;
- Alongamento de mais 12 meses do financiamento dos caminhoneiros.
O ministro também destaca uma condição especial para o Rio Grande do Sul. Segundo ele, nos municípios gaúchos atingidos pelas enchentes, que devastaram o estado entre maio e junho, e que se encontram em estado de calamidade, os caminhoneiros terão as parcelas de 12 meses suspensas e mais 12 meses para prorrogar seus financiamentos.
A resposta do BNDES ocorreu depois de o presidente da república se dirigir ao setor no início deste mês. “Outra coisa são os companheiros caminhoneiros que estão com problema aí, porque o frete está baixando, a produção caiu, e a gente vai tentar cuidar de vocês”, disse Lula durante discurso no Lançamento do Plano Safra 2024/25 da agricultura empresarial.
Ao Agro Estadão o BNDES confirmou que um comunicado referente às condições anunciadas foi encaminhado aos agentes financeiros repassadores. Os interessados na renegociação ou prorrogação devem procurar as instituições financeiras responsáveis. O BNDES também reitera que a autorização para a renegociação junto aos clientes finais fica “a critério da instituição financeira credenciada”.