Venezuelanos no exterior se manifestaram neste domingo (28) contra o ditador Nicolás Maduro em várias cidades ao redor do mundo. Em Brasília, único local de votação no Brasil, eleitores também protestaram contra o impedimento de votar para escolher o próximo presidente do país vizinho.
Em Lisboa, dezenas de venezuelanos se reuniram para exigir mudanças políticas na Venezuela e denunciaram a dificuldade de exercer o direito de voto nas eleições presidenciais. Manifestações semelhantes ocorreram na Argentina e no Chile.
Para assegurar sua vitória, o regime ditatorial de Maduro impôs barreiras para a votação no exterior, onde vivem 6,1 milhões de venezuelanos. Maduro também ameaçou o país com “guerra civil” e “banho de sangue” caso não vença, além de vetar a presença de observadores internacionais convidados pela oposição.
Neste domingo, Maduro convocou seus partidários para a chamada Operação Remate, uma prática em que chavistas distribuem alimentos e gasolina para atrair eleitores. A eleição, marcada por denúncias de fraude nas edições anteriores, representa uma tentativa de livrar o país do chavismo iniciado por Hugo Chávez há 25 anos.
O principal adversário de Maduro é Edmundo González, que substituiu María Corina, impedida de concorrer por 15 anos pelo regime. Esta eleição é considerada a melhor chance da oposição de derrotar Maduro, que está no poder há 11 anos.