Carga tributária média do agro pode ser 3 vezes maior após Reforma Tributária; setor deve estar em alerta

Caso o chamado IVA (Imposto sobre Valor Agregado) se defina nos 27,5% – sendo o mais alto do mundo -, mesmo com desconto de 60% para o setor, total da carga tributária média chegaria a 11%. Segundo especialista, faltam conceitos, transparência e a convivência, a partir de 2026, com dois sistemas de arrecadação, por sete anos pode complicar ainda mais o cenário.

A carga média tributária para o agronegócio poderia quase triplicar com a reforma avançando como está, segundo explicou o advogado tribustarista e presidente da Berbigier Sociedade de Advogados, Eduardo Berbigier, em entrevista ao Bom Dia Agronegócio, do Notícias Agrícolas nesta sexta-feira (5). 

“Hoje, a carga média – falando em tributos estaduais e federais – é em torno de 4%, porque muitas atividades são isentas. Então, esta é a média. Comemorou-se muito uma redução de 60% para insumos agrícolas – mesmo não havendo conceitos sobre o que entra nos insumos – mas com uma alíquota de 27,5% (do IVA a ser ainda definido), os 40% seriam 11% (para o agro). São quase três vezes do que se paga hoje. Então, faltam estes cálculos, essa análise”, detalha o especialista.

Ainda segundo o advogado, faltam conceitos, transparência e a convivência, a partir de 2026, com dois sistemas de arrecadação, por sete anos, poderia complicar ainda mais o cenário, trazendo ainda mais burocracia às já confusas regras de tributação do Brasil. 

Para o agronegócio, esta falta de regras claras pode pegar em cheio o setor produtivo e assim, o setor deve se manter em alerta e atuando ativa e efetivamente nas discussões e caminhar da reforma. 

No vídeo, acompanhe a análise completa de Eduardo Berbigier. 

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