Carlos critica a prisão de Bolsonaro: ‘Democracia das cartas marcadas’

O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) criticou, por meio de seus perfis nas redes sociais, a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “O objetivo não muda: querem Jair Bolsonaro enterrado vivo. Ou morto, como já tentaram. Tudo para que a democracia das cartas marcadas e do teatro das tesouras volte a funcionar como sempre funcionou antes da ruptura que a eleição de Jair Bolsonaro em 2018 representou“, escreveu Carlos.

“Diante desse cenário, emerge uma ruptura clara. O objetivo agora é fabricar uma “direita permitida”, alguém capaz de acomodar os interesses das forças que operam nos bastidores, impedindo que Lula continue afundando o país até o ponto de não retorno, inclusive para eles, mas sem representar uma ameaça real aos esquemas espúrios que controlam nosso país”, diz outro trecho do texto publicado pelo vereador.

A prisão do ex-presidente foi motivada por “garantia da ordem pública”, segundo a PF. O filho mais velho de Bolsonaro, Flavio, havia marcado uma vigília na frente do condomínio do capitão da reserva para a noite deste sábado. Ainda de acordo com a decisão de Moraes, o ex-presidente teria tentado violar a tornozeleira eletrônica.

Bolsonaro foi levado para a Superintendência da Polícia Federal, onde ficará em uma sala de Estado, espaço reservado para autoridades como presidentes da República e outras altas figuras públicas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente Michel Temer também ficaram detidos em salas da PF

A decisão ainda não marca o início do cumprimento da pena de reclusão.

Em nota, a Polícia Federal informou que cumpriu um mandado de prisão preventiva expedido pelo STF.

Em 11 de setembro, por 4 votos a 1, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) condenaram o ex-presidente Jair Bolsonaro e sete aliados pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado por violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

A maioria dos réus foi condenada a mais de 20 anos de prisão em regime fechado. Apesar da definição do tempo de condenação, Bolsonaro e os demais não vão ser presos imediatamente. Eles ainda podem recorrer da decisão e tentar reverter as condenações. Somente se os eventuais recursos forem rejeitados, as prisões poderão ser efetivadas.

Na última sexta-feira (21), a defesa do ex-presidente havia pedido a Moraes, que o capitão cumpra a sua pena de 27 anos e três meses em casa. Os advogados argumentam que ele não teria condições físicas de ser encaminhado a um presídio comum, e que isso apresentaria risco a sua vida. “A situação de saúde do Peticionário já se encontra profundamente debilitada”, diz o texto. Também, no mesmo requerimento, a defesa avisa que pretende recorrer utilizando embargos infringentes ao STF sobre a condenação do ex-presidente.

Tópicos:

PUBLICIDADE

Preencha abaixo e receba as notícias em primeira mão pelo seu e-mail

PUBLICIDADE

Nossa responsabilidade é muito grande! Cabe-nos concretizar os objetivos para os quais foi criado o jornal Diário do acre