Caroline De Toni critica manutenção da prisão preventiva de Bolsonaro e fala em “abuso de poder”

Deputada afirma que decisão é política, desproporcional e ignora estado de saúde do ex-presidente.

A deputada federal Caroline De Toni voltou a criticar a decisão da Justiça de manter a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, confirmada neste domingo (23) durante audiência de custódia realizada por videoconferência na Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal. Para a parlamentar, a medida é “uma ordem política travestida de jurídica”, afirmando nas redes sociais que a prisão é desproporcional e sem fatos concretos que justifiquem a medida mais extrema do processo penal.

A deputada também afirmou que a manutenção da prisão ignora o estado de saúde do ex-presidente, classificando a decisão como “cruel”. Segundo ela, “silenciar um líder político não é justiça, mas abuso de poder”. Caroline De Toni declarou ainda que Bolsonaro não representa risco e que seu quadro clínico deveria ter sido considerado. “Ele pode morrer nas mãos do Estado”, escreveu a parlamentar, reforçando que segue em oração pela vida do ex-presidente.

Prisão preventiva

A prisão preventiva de Bolsonaro foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, que delegou o julgamento à juíza Luciana Sorretino, auxiliar de seu gabinete. Moraes justificou a medida ao apontar risco concreto de fuga, citando a saída irregular do país por parte de aliados do ex-presidente e a proximidade da residência de Bolsonaro com representações diplomáticas estrangeiras. O ministro destacou ainda que a prisão preventiva não tem relação com a condenação de 27 anos e três meses imposta pela 1ª Turma do STF no processo sobre a suposta tentativa de golpe, pena que só será executada após o trânsito em julgado.

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