Cartel? MPF aponta possível formação de monopólio envolvendo empresas aéreas no Acre

Uma investigação do Ministério Público Federal (MPF) revelou uma possível formação de cartel no mercado aéreo do Acre. Com apenas duas empresas, Latam e Gol, atendendo o aeroporto de Rio Branco com frequência, e somente a Gol operando em Cruzeiro do Sul, a falta de concorrência tem gerado uma série de problemas, incluindo cancelamentos frequentes de voos e tarifas exorbitantes.

Segundo o procurador da República Lucas Costa Almeida Dias, responsável pela investigação, a situação é alarmante devido à ausência de competitividade e à falta de medidas governamentais para resolver o problema. Com uma única empresa explorando o serviço em determinadas rotas, como é o caso de Cruzeiro do Sul, os voos são escassos, os cancelamentos são comuns e os preços das passagens são altíssimos.

Para ilustrar as dificuldades enfrentadas pelos passageiros, o procurador cita o caso de 26 voos cancelados pela Gol em abril e maio de 2021 em Cruzeiro do Sul. Além disso, o preço médio de uma passagem de ida e volta de Rio Branco para Cruzeiro do Sul chega a assustadores R$ 3.200,00, equivalente ao custo de uma viagem internacional.

As informações levantadas pelo MPF foram encaminhadas ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para avaliação e ao Ministério Público do Estado do Acre para investigação sobre a má prestação de serviços às empresas aéreas.

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