China retira proibição de importação sobre frango brasileiro após gripe aviária

A China retirou nesta sexta-feira (7) a proibição de importação sobre o frango brasileiro, informou a Administração Geral das Alfândegas do país (GACC), em comunicado. “Com base nos resultados da análise de risco de surtos de influenza aviária de alta patogenicidade (IAPP) fica suspensa a proibição a partir da data deste anúncio”, diz o comunicado divulgado nesta sexta, mas com data de 31 de outubro.

De acordo com fontes, a decisão da GACC de liberação do frango brasileiro havia sido tomada há mais de uma semana. Entretanto, era necessária uma reunião do Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais da China para deliberar sobre o tema, o que ocorreu na tarde desta sexta-feira (madrugada de sexta-feira no Brasil).

As exportações brasileiras de produtos avícolas à China estavam suspensas desde 16 de maio, quando foi registrado um caso de gripe aviária em plantel comercial em Montenegro, no Rio Grande do Sul, conforme prevê o protocolo bilateral sanitário acordado entre os países.

Em setembro, a autoridade sanitária realizou uma auditoria em granjas de corte e de reprodução no País para avaliar os controles relacionados à influenza aviária. A missão técnica era considerada a etapa crucial para retomada dos embarques ao mercado chinês – o principal mercado do frango brasileiro.

A China é o principal destino do frango brasileiro, sendo responsável por 13% dos embarques da proteína brasileira. Em 2024, o Brasil exportou 561 mil toneladas de carne de frango à China, gerando US$ 1,288 bilhão em vendas externas, segundo dados do Agrostat – sistema de estatísticas de comércio exterior do agronegócio brasileiro.

O Brasil buscava retomar a exportação de frango para a China desde o fim de junho, após a conclusão do caso de gripe aviária e da recuperação do status de país livre de gripe aviária em plantel comercial com reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

O protocolo acordado entre Brasil e China prevê que o Brasil pare de certificar as exportações para o mercado chinês em caso de gripe aviária em plantel comercial. O reconhecimento do status sanitário brasileiro e a retomada das exportações dependiam, contudo, da validação da autoridade sanitária chinesa, assim como ocorre com os demais países importadores dos produtos avícolas nacionais.

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