A pesquisadora do Laboratório de Gases de Efeito Estufa, Luciana Gatti, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), criticou nesta quarta-feira, 23, em matéria veiculada no Estadão, a Zona de Desenvolvimento Sustentável dos Estados do Amazonas, Acre e Rondônia (AMACRO). Segundo a cientista, o projeto tem que ser abandonado.
“O lado oeste da Amazônia se tornou uma fonte de emissões. O projeto do Amacro (fronteira agrícola que vai formando entre Amazônia, Acre e Rondônia) que quer se tornar um Matopiba (fronteira agrícola já formada por Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) tem que ser abandonado”, afirma. “Esse modelo econômico está falido”, disse.
Amacro
A Amacro foi pensada como um conjunto de ações multisetoriais que visam promover a sustentabilidade ambiental por meio do desenvolvimento socioeconômico de uma área que abrange cerca de 32 municípios espalhados no sul do Amazonas, leste do Acre e noroeste de Rondônia, englobando um total de 465,8 mil km² e população estimada em aproximadamente 2 milhão de pessoas.
“Trata-se de uma região emblemática, tanto em relação aos desafios ambientais quanto à necessidade de desenvolvimento socioeconômico. A sustentabilidade ambiental é o guarda-chuva de todas as ações na AMACRO. O projeto propõe estabelecer um cinturão de proteção da floresta oferecendo alternativas para os desafios socioeconômicos da população, potencializando as vocações produtivas e econômicas locais, assim como os recursos humanos”, diz a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia.