Um grave incidente registrado na noite de sexta-feira (19) no Pronto-Socorro de Rio Branco terminou com três homens baleados e um preso após uma confusão generalizada. As vítimas, que são primos, estavam na unidade acompanhando um familiar internado quando iniciaram um desentendimento com a equipe de segurança e, posteriormente, com policiais militares acionados para conter a situação. Leandro Araújo, um dos envolvidos, foi detido por desacato logo após receber alta médica, enquanto os outros dois familiares seguem internados.
A origem do conflito teria ocorrido dentro do hospital, em uma área de acesso restrito conhecida como sala vermelha. Segundo familiares, o desentendimento começou após funcionários exigirem a saída de Leandro, que aguardava a chegada de sua irmã para substituí-lo no acompanhamento do pai. A família alega que houve truculência por parte dos vigilantes ao arrastarem os parentes para fora, enquanto a versão oficial aponta que o grupo tentou invadir setores proibidos, gerando insegurança no ambiente hospitalar.

Em nota oficial conjunta, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) e a Polícia Militar informaram que o acionamento da PM foi necessário para garantir a integridade de pacientes e profissionais devido ao tumulto. Segundo as instituições, houve reação por parte dos familiares durante a tentativa de contenção, o que resultou nos disparos de arma de fogo. O governo ressaltou que a unidade possui monitoramento eletrônico e vigilância armada 24 horas, e que as medidas administrativas para apurar o caso já foram adotadas.
Contestando a narrativa oficial, a esposa de um dos baleados denunciou o que chamou de excesso na abordagem policial. Ela afirma que os policiais já chegaram alterados e que a situação saiu do controle quando tentaram prender sua cunhada por desacato. Segundo seu relato, um policial disparou para o alto enquanto outro atingiu os três primos à queima-roupa. A família critica a falta de acesso às imagens das câmeras de segurança, que poderiam esclarecer se houve de fato agressão contra os militares antes dos tiros.
O caso segue agora sob investigação da Polícia Civil e da corregedoria da Polícia Militar para determinar as responsabilidades. O Pronto-Socorro mantém o atendimento normal, mas o episódio levantou debates sobre os protocolos de segurança e acompanhamento de familiares em áreas críticas. Enquanto as investigações avançam, os feridos permanecem sob cuidados médicos, sendo que um deles precisou passar por procedimento cirúrgico de emergência. Com informações do portal g1 Acre.



