O consumo de energia elétrica no Brasil continua sua escalada, registrando um aumento pelo sexto mês consecutivo. Segundo o Boletim InfoMercado Quinzenal da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), outubro apresentou um volume 6,2% maior em relação ao mesmo período do ano anterior. Notavelmente, o Acre lidera o ranking nacional, com um aumento expressivo de 24,1%, seguido por Mato Grosso (21,1%) e Maranhão (20,4%).
O calor intenso, que elevou as temperaturas em várias cidades do país, é apontado como um dos principais fatores desse aumento. A demanda por equipamentos como ventiladores e ar-condicionado cresceu significativamente devido às condições climáticas.
Recomendações
O economista Raimundo Souza destaca que, sendo um item de primeira necessidade, qualquer aumento na conta de luz impacta nas finanças familiares. Ele oferece algumas orientações para reduzir o consumo, como manter o ar-condicionado entre 23 e 24 graus, priorizar o uso de eletrodomésticos mais pesados e agregar tarefas para economizar.
Economia
Além de tentar economizar na energia elétrica, é possível também equilibrar as demais contas da casa para fechar o mês sem cair no endividamento. Ainda de acordo com o economista, tudo deve ser planejado e o diálogo sempre deve ser priorizado entre as famílias.
“Fazer um planejamento especificando as despesas, utilizando uma planilha, por exemplo. Ter contas separadas para cada membro da família, onde cada um pode decidir os seus gastos e também evitar compras desnecessárias, principalmente neste período de grande apelo comercial”, pontuou Raimundo Souza. Ele ainda orienta que quem tem dívidas, neste momento, pode optar por utilizar o 13º salário para quitar as parcelas com desconto.
Aumento nas empresas
Além das residências, o boletim revela que o consumo também cresceu nas pequenas empresas, com um aumento de 7,6%, totalizando 44.448 MW. Nos setores industriais e de grandes empresas, o consumo foi de 25.599 MW médios, representando um aumento de 3,8% em comparação a 2022. Os setores que mais se destacaram foram extração de minerais metálicos (10,4%), comércio (9,4%) e bebidas (8,5%).