A Polícia Federal realizou, na última quinta-feira (19), a devolução de dois fuzis pertencentes à Polícia Nacional do Peru, recuperados durante uma operação histórica no Amazonas. O armamento havia sido localizado em junho, em meio à maior apreensão de drogas já registrada no estado, totalizando 6,5 toneladas de entorpecentes. Segundo as investigações da PF, os fuzis haviam sido furtados de uma base policial peruana, confirmando a atuação de organizações criminosas transnacionais que operam na região de fronteira.

A restituição das armas ocorreu por meio de uma parceria entre autoridades diplomáticas e policiais dos dois países, simbolizando o fortalecimento da cooperação bilateral no combate ao tráfico de drogas e ao contrabando de armas. A operação que resultou na recuperação do arsenal foi executada por agentes da Companhia de Operações Especiais (COE), com apoio direto da Polícia Federal do Amazonas e da polícia antidrogas do Peru (Dirandro).

O material ilícito foi interceptado em uma lancha de alta potência após denúncia anônima. No momento da abordagem, os criminosos abriram fogo contra as forças de segurança, gerando um intenso tiroteio. Durante o confronto, dois suspeitos foram mortos, mas não tiveram suas identidades reveladas e foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) em Manaus. Outros ocupantes da embarcação conseguiram fugir pela mata e, até o momento, ninguém foi preso.

Além das 6,5 toneladas de drogas — que incluíam skunk, cocaína e oxi —, as autoridades apreenderam um arsenal de guerra. Foram encontrados sete fuzis, uma metralhadora de alto impacto calibre .50, uma metralhadora 7,62, um lançador de granadas, além de mais de 5,6 mil munições e 102 carregadores. A logística dos criminosos contava ainda com uma lancha equipada com seis motores, celulares e valores em espécie, evidenciando o alto investimento das facções.

A ação reforça a vigilância constante nas calhas dos rios amazônicos, principal rota de escoamento para o tráfico internacional. A devolução oficial dos fuzis ao Peru marca um passo importante na diplomacia policial, reiterando que a troca de informações entre os países vizinhos é essencial para desarticular a logística militar e financeira dos cartéis que atuam na Amazônia. Com informações do portal g1.