A produção de farinha já não é mais o único setor que movimenta a economia no Juruá, como foi por décadas. Novas culturas surgiram e se fortaleceram tanto, que hoje movimentam milhões de reais, gerando emprego e renda para centenas de famílias no Juruá.
Um desses setores é o café. Na noite da última sexta-feira (1), representantes da Cooper Café, a Cooperativa dos produtores de café do Juruá, apresentaram ao primeiro secretário da ALEAC, Nicolau Júnior, o potencial de produção.
Francisco Romualdo, membro da cooperativa e produtor de café, disse que a região tem 1,4 milhão de pés de café plantados, e se prepara para colher uma safra recorde. A plantação dele fica em Mâncio Lima, onde está 80% da produção. Lá ele produz 120 sacas por hectare.
Nicolau Junior visitou também o stand da Cooper Farinha, formada por 104 produtores que entregam ao mercado 50 toneladas/mês.
O presidente, Sebastião José Oliveira da Silva, disse que ao contrário do café, a maior parte da produção se concentra em Cruzeiro do Sul. Nicolau Júnior disse que os números da farinha e do café mostram que a saúde financeira do Juruá passa diretamente por essas duas culturas.
“Aqui está apenas uma parte do potencial de produção aqui no Juruá. Não há mais como negar que essa região tem uma grande parcela de contribuição no PIB do estado. Precisamos canalizar políticas públicas para fortalecer ainda mais esses setores, e a regularização fundiária é uma delas. No próximo mês vamos debater esse assunto com os produtos e todos os entes ligados à questão”, garantiu Nicolau..