Depois de convocar a Força Nacional no DF, Flávio Dino espera que ‘polícia não atue’

Um dia depois de assinar a portaria que autoriza o uso da Força Nacional na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, contra manifestantes anti-Lula, o ministro da Justiça, Flávio Dino, disse na manhã deste domingo, 8, esperar que não ocorram atos violentos.

“Ontem, conversei com governadores, inclusive que não são do nosso campo político”, escrever o ministro, no Twitter. “Queremos que a Lei prevaleça e não haja crimes. Estou em Brasília, espero que não ocorram atos violentos e que a polícia não precise atuar. ‘Tomada do Poder’ pode ocorrer só em 2026, em nova eleição.”

De acordo com o documento, a atuação da corporação será feita até amanhã, segunda-feira 9, “para auxiliar na proteção da ordem pública e do patrimônio público e privado entre a Rodoviária de Brasília e a Praça dos Três Poderes, assim como na proteção de outros bens da União situados em Brasília, em caráter episódico e planejado”. Caravanas chegaram ontem a Brasília para um protesto contra Lula.

Trata-se da segunda vez, em dois dias, que Dino autoriza ações da Força Nacional. A primeira foi anunciada na sexta-feira 6, em dois Estados: Amazonas (AM) e Rio Grande do Sul (RS). No RS, há um conflito interno em uma área indígena, que tem quase 7 mil habitantes. A operação vai durar até 12 de março. Serão 90 dias com a Força Nacional, homens do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar e da Polícia Civil.

Já no AM, ocorre a Operação Arpão, realizada em conjunto com as forças de segurança do Estado para combater o crime organizado, crimes ambientais e o narcotráfico na região do Rio Solimões, onde foram mortos o indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips, no ano passado. Em 2022, a Força Nacional já atuou na região.

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