Diário do Poder: Educação domiciliar (homeschooling)

Como falei em artigo anterior, já faz alguns anos que tenho interesse pelo tema da educação. Esse tem sido objeto da minha preocupação intelectual. Conforme disse, por alguns anos li os artigos de Gustavo Ioschpe na revista Veja. 

Abordei a questão da doutrinação em sala de aula. Hoje falo sobre a educação domiciliar. Aprendi que devemos rejeitar a doutrinação em sala de aula. O professor deve ter atitude politicamente neutra.  Transmitir conhecimento das disciplinas. 

Não sou um especialista. Não tenho, nem sequer, formação docente. Sou um simples curioso que se apaixonou pelo importante assunto. Sem educação de qualidade não chegamos a lugar nenhum. O título do livro de Gustavo Ioschpe sobre o qual falei é sugestivo: “O Que O Brasil Quer Ser Quando Crescer”. A resposta depende da educação.

Uma obra que chegou em minhas e que li com muito gosto (fez minha cabeça) foi “A Formação da Personalidade”, do Padre Leonel Franca. Dele, dizem que foi “…uma daquelas personalidades raríssimas, capazes de influenciar o rumo da História”. Nasceu no dia 07 de janeiro de 1893, em São Gabriel (RS), formado e educado em um lar Católico. 

Com o Padre Leonel Franca aprendi que não há educação sem religião. A partir dessa premissa formei uma convicção sobre educação, e sempre parto dela como absolutamente verdadeira. Disse o grande educador: “A moral, ou se funda em Deus, e é moral, ou prescinde de Deus e é então ateia e materialista, isto é, não é moral”.

Com ele também aprendi a fazer a diferença entre educação e instrução. A instrução está ligada à cultura da inteligência, ao passo que, à educação está ligada a cultura moral. Não acredito em educação sem religião porque – ainda seguindo o padre Leonel Franca – não existe moral leiga.

É um contra senso a educação laica, porque pela moral é que se aprende a ciência do governo da vida. Não se pode acreditar em um profissional que desconhece a ciência do governo da vida: a moral. 

Do padre Leonel Franca ainda foi fundamental para formação da minha convicção de que não existe educação sem religião,  a leitura de “O Método Pedagógico dos Jesuítas”. 

Grandes nomes da aristocracia intelectual dos últimos séculos, foram educados segundo esse método. Apenas na França: S. Francisco de Sales, Corneille, Moliere, Fontenelle, Descartes, Bossuet, Monstesquieu, Malesherbes, Rousseau, La Condamine, Diderot, Buffon, Langrage, Richelieu, Conde, Cauchy, Flechier, Fleury, Lamartine e Foch. 

Ao chegar à conclusão de que não existe educação sem religião, fui formando minha convicção de que a verdadeira educação é a que se ministra no lar (homeschooling). A Sagrada Escritura – verdade revelada por Deus – faz milénios que educa, sobre o ensinamento da fé: “E as ensinarás zelosamente a teus filhos, e falarás delas sentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitado e em pé”.

Convencido da importância da educação domiciliar (Homeschooling), adquiri o livro “Educação Católica & Homeschooling – Um guia prático para o ensino domiciliar”, publicado pela Ecclesiae, das americanas Kimberly Hahn & Mary Hasson. As autoras, além de excelentes currículos, são Católicas sinceras. 

Alguns haverão de dizer que a sociabilidade deve ser ensinada em uma escola (pública ou privada). As autoras contestam a tese citando a Declaração Gravissimum Educationis do Concílio Vaticano II: “…é responsabilidade dos pais criar uma atmosfera familiar tão animada de amor e reverência a Deus e aos outros que promova o pleno desenvolvimento pessoal e social dos filhos. Assim, a família é a primeira escola daquelas virtudes sociais de que as sociedades precisam”.  

Os principais educadores de uma criança não são os professores. Os principais educadores de uma nova criatura são seus genitores. Disse o Papa São Paulo VI, citado pelas autoras: “Os pais, que transmitiram a vida aos filhos, têm uma gravíssima obrigação de educar a prole e, por isso, devem ser reconhecidos como seus primeiros e principais educadores”.

A Carta às Famílias, do Papa João Paulo II é uma das obras citadas pelas autoras para fundamentarem sua proposta de educação em casa. Li a Carta. Nela adquiri uma outra convicção de que a educação dos filhos está conectada com a morte – educadora da humanidade – redentora de Jesus. Eis:

Por meio de Cristo, toda a educação, na família e fora dela, é inserida na dimensão salvífica da pedagogia divina, que se dirige aos homens e às famílias e culmina no mistério pascal da morte e ressurreição do Senhor”.   

Diariamente, ao transportar minha filha Laura Perazzo para a Escola, leio trechos do livro sobre homeschooling com ela. Eu ainda não tenho condições de ensinar aos meus filhos integralmente em casa. Mas, ensino-lhes o que me sinto em condições. 

Recomendo o livro vivamente, às famílias!

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