Diário do Poder: O comunismo é contra a natureza

O que pretendo dizer hoje é quase um depoimento. Tento rastrear minhas memórias de como fui me tornando, ainda muito jovem, um esquerdista, querendo “transformar o mundo”, quando ainda, nem sequer, sabia qual era minha verdadeira vocação.  

Volvo meus pensamentos ao tempo em que fui estudante num Seminário Carmelita, na cidade de Camocim de São Felix, em Pernambuco. Aí fiz o segundo grau, concluindo o curso clássico. Isso já faz quase meio século!

Em razão de um contratestemunho de um religioso que me recebeu num convento na capital pernambucana, na ocasião em que manifestei o desejo de ir para o seminário, me fez perder a fé Católica.  

O incidente me marcou! Muitos anos depois é que retomei minha espiritualidade. Cometi esse erro de confundir a religião com o “religioso”. Fui pai quando vivia ainda sob essa crise de fé. Prejudiquei minhas filhas por não lhes ter transmitido a convicção Católica que hoje tenho. 

No colégio interno eu não fazia leituras de espiritualidade Católica. Não havia qualquer vigilância dos meus superiores nesse sentido. Participava das celebrações de forma mecânica. Lá estava apenas fisicamente presente. 

Nada li sobre o tesouro das Sagradas Escrituras, das Sagradas Tradições e do Magistério da Igreja Católica! Só Deus sabe o estrago que provoca um “religioso” infiltrado na Igreja, sem vocação para o ministério que abraça de forma leviana. 

Li quase toda a obra de Jorge Amado (romances), que já não era mais comunista. O escritor baiano em 1953 afastou-se do partido, por não concordar com os crimes de Stalin. Mas, sua obra não deixou de ter consequências, mesmo quando tinha apostatado dessa ideologia perversa. Fui uma de suas vítimas! A religião sem Deus me fez a cabeça na adolescência. 

O romance “Capitães de Areia” me levou a simpatizar com a delinquência juvenil e odiar os policiais que “perseguiam” os pequenos infratores. Passei a nutrir simpatia pelo cangaceirismo, como se fora um movimento justo de quem sofria injustiças sociais.  Acreditei numa deslavada mentira!

Faz quase cinquenta anos que li o romance. Fui ver uma sinopse do livro para me lembrar dos personagens. Pedro Bala, que era filho de um sindicalista, na visão do escritor, transformou-se num revolucionário comunista, envolvendo-se “em greves e lutas em favor do seu povo”. Nada mais falso!

O romance (Capitães de Areia), como outras muitas obras que foram publicadas por intelectuais de esquerda, era um roteiro, previamente traçado pelo Partido Comunista da ex-União Soviética, sugerindo ao congênere brasileiro, que atraísse a delinquência para o movimento revolucionário. 

Teve consequências! Conforme constata Olavo de Carvalho em “Bandidos & Letrados”, essa política do Partido Comunista resultou nos mais de 60 (sessenta mil) homicídios que hoje são praticados no país. Foi o estímulo que faltava para os jovens de famílias desestruturadas e de poucos freios morais, ingressarem no mundo (sem volta) do crime.  

Com 20 (vinte anos), entrei na Universidade. Minhas condições psicológicas já estavam absolutamente favoráveis para aceitar o comunismo e me tornar um militante da causa. Um adepto da religião sem Deus. 

Um conterrâneo da minha cidadezinha no interior fez chegar às minhas mãos o livro “Princípios Fundamentais de Filosofia”, dos autores Guy Besse e Maurice Caveing.  Li marcando as ideias. Ainda hoje possuo o livro. 

O livro são 24 (vinte e quatro) lições de marxismo. Já no prefácio, marquei a seguinte ideia de divisão da sociedade em classes antagônicas, supostamente com respaldo na filosofia: “Por isso mesmo é que o dever dos operários e dos trabalhadores em geral deve ser: opor à filosofia que serve aos exploradores, uma filosofia capaz de ajudar na luta contra esses mesmos exploradores”. 

Bebi desse veneno (divisão de classes) por longos anos! Conforme a ideia que eu marquei, a filosofia que eu deveria aprender e praticar seria a filosofia do marxismo. Cheguei quase à terceira idade acreditando nessa mentira do comunismo. 

Graças a Deus, um conjunto de circunstâncias me levaram a apostatar dessa fé numa religião sem Deus! Voltei ao Catolicismo. Reafirmei minhas convicções – das quais nunca deveria ter me afastado – no magistério da Santa Igreja Católica. 

Relendo a “Carta Encíclica Rerum Novarum”, do Santo Papa Leão XIII, me convenço cada vez mais, de que o comunismo é contra a natureza, razão pela qual somente pode provocar misérias, como de fato vem provando em países que caíram em suas garras, por exemplo, o nosso vizinho,  a Venezuela. 

Que Deus tenha compaixão do nosso povo, nos livrando desse flagelo!

Concluo me valendo do texto da Encíclica que afirma serem os homens desiguais, razão pela qual a igualdade proposta pelo comunismo é inexequível, só se impõe pela violência, e o genocídio de milhões de pessoas, como ocorreu na ex-União Soviética e outros países:

O primeiro princípio a por em evidência é que o homem deve aceitar com paciência a sua condição: é impossível que na sociedade civil todos estejam elevados ao mesmo nível. É, sem dúvida, isto o que desejam os socialistas; mas contra a natureza todos os esforços são vãos. Foi ela, realmente, que estabeleceu entre os homens diferenças tão multíplices como profundas; diferenças de inteligência, de talento, de habilidade, de saúde, de força; diferenças necessárias, de onde nasce espontaneamente a desigualdade das condições”. 

Enfim, o comunismo contraria uma lei da natureza! 

A esperança é que ainda temos políticos como Jair Bolsonaro na Presidência e Márcia Bittar como pré-candidata ao Senado da República pelo Acre, que sabem o perigo que nos ronda, mas, convencidos de que nossa bandeira jamais será vermelha!

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