Como parte dos esforços do homem pós-moderno de criação de um novo mundo à sua imagem e semelhança, em detrimento dos fundamentos do ocidente que têm proporcionado um ambiente de grande segurança aos indivíduos, bem como assegurado o gozo dos direitos naturais, encontramos como um dos principais sintomas do fenômeno de desconstrução civilizacional, a secularização da religião cristã e o avanço das pautas progressistas na sociedade. Se, por um lado, Cristo ensinou a separação entre a igreja e o estado, designando a vocação cristã como redentora e o seu reino como não sendo deste mundo, aos seus discípulos, outrossim, cabe-lhes dar a César o que é de César, sem abrir mão de dar a Deus o que é de Deus. Infelizmente encontramos um estado de coisas em que o totalitarismo secular atropela dia após dia os limites desta separação, tudo isto, contando com a complacência dos cristãos que passam a dar a César o que é de César, e a César o que é de Deus.
No último dia 16, o teólogo Kevin DeYoung corretamente apontou que “O mundo está nos catequizando, quer percebamos, quer não”. Na ausência ou no desprezo das de influências cristãs na sociedade, César e o império romano ressurgem e exigem para si mesmos adoração exclusiva. Ora, o secularismo, em seu espírito mais bélico, resume-se nisso: é um totalitarismo anticristão que busca amputar toda e qualquer camada de religião da vida da sociedade, impondo dogmaticamente uma ética situacional, uma moral relativa, sem qualquer relação com o sumo bem, rebaixando as mais excelentes virtudes e exaltando a agenda estatal à altura da mais excelsa santidade. Na academia, o policiamento das vozes discordantes é constante; observamos que “pensar” significa concordância unilateral com os dogmas da Religião Secular, apregoada nos Templos neopagãos e anticristãos, chamados Universidade; ali, seus pregadores ensinam a liberdade suprema: a liberdade de concordar com as “políticas públicas”. A Religião Secular exige que o Estado seja totalmente separado da religião, (a cristã, em particular), ao passo que ela própria, a religião do Estado Secular, não faz qualquer movimento no mesmo sentido — evitar suas influências humanistas nos sujeitos religiosos — mas, tal qual um parasita, tira dos impostos dos homens religiosos cristãos, o próprio sustento para a marcha constante contra a religião daqueles que lhes dão o pão; são os impostos dos cristãos que pagam os salários dos sacerdotes progressistas que ensinarão seus filhos o caminho correto e mais rápido para a danação eterna – claro, antes que cheguem ao ponto final da jornada, hão de conduzi-los com sua flauta mágica, “caminhando e cantando e seguindo a canção”.
A recente pandemia demonstrou uma verdade inescapável: os agentes que lotam e formam o estamento burocrático do estado secular não pensarão duas vezes em suspender atividades religiosas, fiscalizar o funcionamento destas atividades e até mesmo recorrer ao emprego das forças de segurança pública para fazer valer o novo decálogo secular divinamente inspirado pelo déspota que ocupar a cadeira da chefia de cada um dos três poderes, tão logo assim se lhe apeteça. Os crimes desses sujeitos são sempre futuros; o pecado pessoal apenas existe para os teimosos fundamentalistas cristãos; para tantos quantos endossam a mesma celeuma secular, resta-lhes a justificação universal pelos pecados individuais diluídos na sociedade; são os pecados sociais: daqui surgirão as vítimas da sociedade que deverão ser salvas pelo estado, através da religião oficial. Na pandemia, ficou muito claro o enorme poder que o estado exerce coercitivamente sobre os indivíduos e como as liberdades religiosas foram pisoteadas de muitas formas em todo o país. Se antes, você já financiava compulsoriamente o estado secular que, em contrapartida, ensinava a seu filho a cosmovisão secular a despeito da cosmovisão teísta do contribuinte, por outro lado, a situação se torna ainda mais desesperadora se considerarmos o fato de que qualquer mínima influência que a igreja possua sobre um indivíduo e sua vida em qualquer aspecto que seja, se dá por uma relação voluntária, de submissão pessoal e consciente ao regime eclesiástico, passível de rompimento a qualquer momento, ao passo que os catedráticos, agentes públicos pagos pelo contribuinte, fazem constante uso da audiência cativa para expor sem qualquer neutralidade sua visão da realidade — progressista, marxista –, acossando os incautos em salas de aula, em nome de transformações sociais utópicas, que jamais chegam, antes, deixam atrás de si, rastros de destruição e miséria; são estes mesmos agentes que costumam fiscalizar sermões em busca de “discurso de ódio” contra minorias protegidas pelo estado. A título de exemplo, podemos citar um pastor batista do interior da Bahia que, por haver criticado empresas que realizaram campanha publicitária em apoio ao comportamento de uma casta intocável, teve de assinar um Termo de Ajustamento de Conduta por supostamente ter sido “preconceituoso”. Se levarmos em consideração que todo direito que o estado assegura a um determinado grupo social constitui-se num dever para todos os outros grupos sociais, podemos ter uma ideia de qual direito o estado secular está disposto a defender até às últimas consequências, em claro detrimento dos direitos de outro grupo social que, segundo reza o texto da carta magna, supostamente goza de especial proteção do estado.
Os cristãos, por sua vez, entorpecidos pelo cálice secular, em geral exigem a inação das suas igrejas sob a desculpa de “neutralidade”, com relação às agendas revolucionárias que trazem desestabilidade social e buscam transformar os filhos dos cristãos em agentes revolucionários em tempo integral. Afirmam, paradoxalmente, que a apologia da fé cristã contra a utopia marxista, seria a indevida instrumentalização política da igreja perpetrada por cristãos fundamentalistas, conservadores e saudosistas, que flertam com o totalitarismo. Ao mesmo tempo, os que exigem neutralidade dos ortodoxos estão dispostos a flertar com a Teologia da Missão Integral — versão evangélica da teologia da libertação –, em nome de uma “ética evangélica” contra os erros da teologia da prosperidade. Nada fazem além de uma crítica marxista ao “capitalismo selvagem”; ou seja: é uma briga entre materialistas. Os frutos podres do liberalismo teológico estão manifestados na Europa pós-cristã; será, mesmo, que a matéria em questão não vale a pena ser trazida ao conhecimento da igreja? Ante as fortes correntes influenciadoras do secularismo, porcamente recuperamos alguns dos nossos filhos após um árduo trabalho apologético da igreja local, à custa de nova contribuição (desta vez, voluntária), quer de tempo e esforços, quer de recursos financeiros; em geral, porém, e infelizmente, damos entretenimento aos jovens, e exigimos que, expostos aos mais anticristãos ideais na sua vida corriqueira, saiam todo domingo preparados intelectualmente para “responderem […] a qualquer que [os] pedir a razão da esperança que há [neles]”, quando o máximo que eles têm recebido nas reuniões eclesiásticas, são novas “sensações”, novas maneiras de produzir uma fé utilitaristas, enfim, um prato cheio para o materialismo. Essa é uma mea culpa necessária.
O relacionamento que o estado tem com relação à igreja, mesmo diante de todo o impacto positivo dela na sociedade — recuperando viciados, marginalizados e concedendo espaço aos que não conseguem tê-lo dentro das estruturas burocráticas sociais, mas alcançam-na nas entranhas das estruturas eclesiásticas –, continua sendo totalmente díspar e nada equilibrada. Continuamos exigindo demais da igreja, à qual somos filiados voluntariamente ao passo que permitimos que a estrutura estatal, por meio dos seus agentes, pagos pelos impostos dos contribuintes cristãos, desfrute da confortável posição de tripudiar de nossa fé e emudecer nossas crenças do debate público, por meio de uma espiral do silêncio que, começando pela sala de aula do seu filho, termina com a imputação de crime de opinião contra os valores que você crê; em tal cenário, os cristãos são amputados de qualquer mínima possibilidade de ação e influência na sociedade, sempre à margem das discussões do momento.
A pandemia nos deixa lições valiosas para a incerteza do futuro: o estado não pode regular o funcionamento das igrejas, pois isso fere a separação entre a igreja e o estado; não exigimos, enquanto cristãos, que uma escola, um partido, um clube ou uma ONG progressista qualquer, feche suas portas em prol dos interesses da maioria absoluta cristã. O mínimo que devemos exigir é que a recíproca seja verdadeira e nossa fé não seja criminalizada. Enquanto igreja, temos plena capacidade cognitiva de tomarmos uma decisão para o bem da nossa própria comunidade de fé, sem precisarmos do atesto do governo civil, lavrado em cartório ou publicado no diário oficial. É isso que os apoiadores dos lockdowns infinitos não entenderam durante a pandemia: permitir que um decreto estatal seja o fator determinante para o fechamento de um templo religioso –- e consequentemente, à suspensão do gozo do exercício da liberdade religiosa — ganha novos contornos e consiste no estado ultrapassando os limites da sua atribuição, usando o COVID como meio. A César o que é de César. A Deus o que é de Deus, isso é o que importa.
Uma das maiores contribuições dos Batistas à civilização ocidental foi a separação entre igreja e estado; acerca disso, corretamente apontou o historiador Asa Routh Crabtree:
“Desde o princípio os batistas eram os verdadeiros intérpretes da Reforma, mantendo assiduamente o princípio de voluntariedade na religião, zelando pela liberdade do judeu, do ateu, do batista e de todos os demais, por princípio e não por conveniência própria. Sofreram impiedosamente às mãos dos grupos evangélicos que hoje em dia se regozijam com os batistas na proclamação dêste princípio que venceu pelo sacrifício, esforço e sangue batista. Muito perseguidos nunca mancharam o seu nome com a perseguição a outros” (CRABTREE, Asa Routh. A história dos Batistas até o ano de 1906. Vol. I. Rio de Janeiro, RJ: Casa Publicadora Batista, 1962. p. 26-27). Entretanto, é triste ver no meio cristão brasileiro ser cada vez mais comum aqueles que defendam a interferência do governo no funcionamento das igrejas de qualquer credo religioso. As grandes revoluções que causaram instabilidades sociais e carnificinas, começaram pelas “boas intenções das mentes iluminadas” que obtiveram o poder absoluto por vias democráticas, mas que, numa revolução absolutista, massacraram seu próprio povo. É isso que se está dando ao governo civil: mais poder; é o sapo na água fervente que percebe seu triste fim tarde demais. O estado não governa uma igreja batista verdadeira. Quem decide se uma igreja batista permanece aberta ou fechada é sua assembleia, nunca o governo civil: a César o que é de César; a Deus o que é de Deus. Se a igreja não governa o estado, quem deu ao estado poder para fechar ou abrir qualquer igreja? Você não se importará com o ataque às liberdades individuais tendo como desculpa a pandemia, até o dia em que o estado e seus agentes de repressão atingirem seu trabalho e fonte de renda, sua igreja e seu credo religioso, seu lar, que era domicílio inviolável e, por fim, a sua própria vida, a sua liberdade. Quando já não houver liberdade e não se fizer nada daquilo que se deveria fazer, não há nada que se possa fazer livremente e já será tarde demais. A igreja tem seu governo próprio. Por esta razão não se pode admitir que o estado obrigue uma igreja a abrir ou fechar, pelos motivos que for. Respeitamos a autoridade civil; mas a jurisdição eclesiástica não pode ser ultrapassada pelo estado. Se não queremos um governo cristão, não faça uma igreja secular. Simples assim. O estabelecimento do governo civil, se deu por meio da aliança noética (cf. Gên. 9:1-17), quando a espada de Deus foi dada ao magistrado civil para impor limites aos homens (cf. Rom. 13:1-7), já que suas próprias consciências não o fizeram (Gên. 4:7).
E a glória de Deus? Ora, quando observamos o cristianismo primitivo, vemos que a teologia da igreja derivou-se da adoração da igreja (PELIKAN, Jaroslav. Atos dos Apóstolos: comentário bíblico. Maceió, AL: Sal Cultural, 2019. p. 78-73); isso significa que, até hoje, a nossa teologia está intimamente relacionada com a adoração da comunidade de fé — a maneira como adoramos a Deus é a exata demonstração da nossa teologia e do quanto honramos a Deus. Uma adoração simples, porém, verdadeira, pode agradar-lhe; mas não restam dúvidas de que uma adoração pomposa, mas fútil, ofende-o. A própria compreensão que posteriormente ficou conhecida como “ortodoxia” vem da junção de dois termos gregos, que significa “doutrina correta”, à partir de Atos 12:20-23, onde lemos:
“E Herodes estava irritado com os de Tiro e de Sidom; mas estes, vindo de comum acordo ter com ele, e obtendo a amizade de Blasto, que era o camarista do rei, pediam paz; porquanto o seu país se abastecia do país do rei. E num dia designado, vestindo Herodes as vestes reais, estava assentado no tribunal e lhes fez um discurso. E o povo exclamava: Voz de Deus, e não de homem. E no mesmo instante feriu-o o anjo do Senhor, porque não deu glória a Deus e, comido de bichos, expirou”.
Simbolizado pela incorreta adoração, nada temos que esperar do governo civil. A condenação do magistrado Herodes é um lembrete escatológico do fim dos reinos deste mundo e do triunfo do reino de Deus. Mas com relação à igreja, cabe-lhe dar a Deus a adoração devida (Cf. Sal. 29:2). Adoração, no sentido bíblico, do grego προσκυνέω (proskineo), “reverenciar, prostrar-se em homenagem”, é quando alguém inferior humilha-se diante de alguém muito superior; ela está relacionada à honra de quem é homenageado, e nada tem a ver com quem pratica o ato de adoração; logo, Deus é quem determina como adorá-lo e o que lhe agrada neste ato. Lendo as Escrituras, em I Timóteo, saltou aos olhos as duas ocorrências de Δόξα (gr. doxa), traduzido como “glória”, para “glória de Deus” (1:11,17). Vejo tantos falsos cristãos modernos insistirem que Deus não está interessado em doutrina, ou “liturgia”, pois cada um “adora a Deus do seu jeito”; se esquecem da voz do povo, que dizia: “Θεού φωνή καί ούκ άνθρώπου”; “voz de homem, e não de Deus”. Foi de “doxa” que nosso conceito de “ortodoxia” e “heterodoxia” surgiu; por isso que devemos saber o que agrada a Deus na vida da igreja, para que possamos dar a Deus a glória que lhe é devida.
Não é tarefa difícil perceber que há um afastamento constante do cristianismo bíblico, por parte dos que se dizem cristãos. Basta olhar ao seu redor para perceber que não está tudo bem com a igreja. Há tempos que se abandonou a busca pela piedade cristã, e se passou a um entusiasmo que se tem chamado ‘avivamento’; o culto de louvor a Deus tornou-se um espetáculo e um entretenimento. Em 2014 o instituto LifeWay Research publicou uma pesquisa alarmante que demonstra como a atual geração está caminhando para o inferno com a Bíblia em suas mãos, ao mesmo tempo em que se consideram cristãos (GOSPEL PRIME. Pesquisa mostra as heresias mais comuns nas igrejas modernas: levantamento da LifeWay mostra que evangélicos não conhecem doutrinas básicas do cristianismo. Disponível em <https://noticias.gospelprime.com.br/pesquisa-evangelicos-doutrinas-basicas/>. Acessado em 17/07/2018.). Uma pesquisa feita com três mil pessoas respondendo a 47 perguntas sobre Deus, salvação, bíblia e pecado, demonstrou o naufrágio do cristianismo do Século XXI:
- 90% dos evangélicos acreditam que o céu é um lugar real; 10% não acreditam. A Bíblia diz que o paraíso é um lugar real: Luc. 16:19-31; 23:43; Ap. 21:2-22.5.
- 81% dos evangélicos acreditam que Jesus é o único caminho para o céu; 19% acreditam que há outros caminhos. A Bíblia diz que Jesus é o único caminho: Jo. 14:6.
- 55% dos evangélicos acreditam que o inferno é um lugar real; 45% não acreditam. A Bíblia diz que o inferno é um lugar literal: Deut. 32:22; Sal. 86:13; 139:8; Prov. 15:24; 27:20; Luc. 16:23; Ap. 6:8; 20:13-15.
- 67% dos entrevistados acreditam que as pessoas são essencialmente boas. A Bíblia diz que somos maus e pecadores: Sal. 51:5; Is. 1:6; 64:6; Rom. 3:10-18.
- 50% dos evangélicos creem que a Bíblia é apenas útil, mas não é verdade literal. A Bíblia diz que até um jota e um til se cumprirá: Mat. 5:18.
- 36% dos evangélicos acreditam que a Bíblia é totalmente verdadeira em tudo o que ensina; 48% dos evangélicos acreditam que a Bíblia é a Palavra de Deus. Toda a Bíblia, de Gênesis a Apocalipse é a Palavra de Deus: IITim. 3:14-17; Heb. 4:12; IIPed. 1:16-2.
- 6% dos evangélicos acreditam que o Livro de Mórmon é uma revelação de Deus, enquanto 18% não têm certeza, mas não negam a possibilidade. Os livros da Bíblia estão fechados e não podem ser tirados ou adicionados: Ap. 22:18,19; Deus não está revelando nenhuma nova doutrina: Gál. 1:6-10.
- 31% dos entrevistados crêem que Deus Pai é mais divino que Jesus Cristo. A Bíblia diz que as Três Pessoas da Santíssima Trindade são co-iguais: Mat. 28:19; IICor. 13:14; IJo. 5:7,8.
- 27% dos entrevistados acreditam que Jesus Cristo foi a primeira criação do Pai. A Bíblia diz que Jesus (juntamente com o Pai e o Espírito Santo) é criador, e não criatura: Jo. 1:13; Col. 1:13-18.
- 58% dos entrevistados acreditam que o Espírito Santo não é uma Pessoa de Deus, mas apenas uma “força” de Deus. A Bíblia diz que o Espírito Santo é Deus: At. 5:3,4.
- 18% dos entrevistados acreditam que o Espírito Santo é menos divino do que Deus Pai e Deus Filho. A Bíblia diz que o Espírito Santo é co-igual com o Pai e o Filho: Jó 33:4; Jo. 3:5; 16:13-15.
- 71% dos entrevistados acreditam que o homem primeiro busca a Deus e Ele responde com sua graça. A Bíblia, porém, diz que nós nos perdemos por causa do pecado e foi Deus quem nos procurou: Gên. 3:8,9; Rom. 3:10-12; Ef. 2:13.
- 56% dos entrevistados acreditam que o ser humano deve contribuir com suas obras para ser salvo. A Bíblia diz que a salvação é apenas pela graça, mediante a fé, sem obras Ef. 2:8,9.
- 18% dos entrevistados acreditam que Deus os ama por causa das boas obras que eles fizeram. A Bíblia diz que somos amados por causa dos méritos de Cristo e da sua obra na cruz: Rom. 8:17; IICor. 5:21; Ef. 1:5.
Estes desvios doutrinários demonstram como a igreja de hoje está em flagrante afastamento da sã doutrina; isso significa que a nossa adoração está completamente errada, afinal, desde sempre, a nossa teologia deriva da nossa adoração; se estamos tão fracos doutrinariamente, o que dizer do culto de estamos dando a Deus? Este afastamento resulta em uma geração inteira que não conhece a Deus e está perdida em seus próprios sentimentos e pensamentos corrompidos, perdida para ver “se porventura, tateando, o pudessem achar” a Deus (At. 17:27). O resultado disso tudo é a situação que vivemos hoje. É muito possível que Deus não esteja sendo adorado há anos em várias igrejas que abrem todos os domingos; é necessário que a questão da adoração e da liturgia seja abordado. Para isso, nas próximas semanas, falaremos sobre as “três ortos”: ortodoxia (doutrina correta), ortopraxia (prática correta) e ortopatia (afeição correta).