A direita no Acre precisa acordar, sair do torpor e reatar os laços que, anos atrás, lhe davam força e propósito. Com a vitória de Donald Trump nos Estados Unidos, reacende-se a esperança de um movimento que já era esperado, mas até agora mantido nos bastidores. É a possibilidade de reunir as lideranças direitistas sob a bandeira do Partido Liberal (PL) e de outras siglas que ainda tenham algum compromisso com o espírito conservador e a liberdade verdadeira — algo que falta ao “centro” brasileiro.
O cálculo é simples e necessário. Bolsonaro, ao mirar 2026, não esconde a intenção de repetir no Acre (ao menos é o que comentam alguns) o modelo de Rondônia: um estado com dois senadores do PL e, mais importante, uma base coesa que quase conseguiu outra cadeira, como fez Marcos Rogério, faltando pouco para o pleno sucesso na disputa pelo governo de RO. E por que não? São forças que podem e devem ser mobilizadas, mas é preciso mais do que vontade. É necessário, acima de tudo, uma leitura clara do cenário e a disposição para se articular com inteligência.
Esse projeto ainda é tratado com cautela nos bastidores, mas as notas foram tomadas e o planejamento tem sido discutido. O desafio? Atraí-los todos para o PL, criar uma frente que, no momento certo, apresente ao povo acreano um projeto viável de centro-direita — mas não o “centro” morno que atende apenas aos interesses de sobrevivência política de sempre. O Acre pode e deve fazer uma escolha firme: ou opta por um projeto de restauração conservadora, ou cede espaço ao jogo esquerdista, que sempre joga para ganhar.
O jogo de 2026 será outro. A direita não pode se dar ao luxo de titubear.