Dólar cai e fecha cotado a R$ 5,55; Ibovespa emenda série negativa mais longa desde agosto de 2023

O dólar caiu 0,47% nesta terça-feira (15) e fechou o dia cotado a R$ 5,55, impulsionado pela perspectiva de uma redução das tensões comerciais entre Brasil e Estados Unidos, com eventual negociação em torno das tarifas de 50% que o presidente Donald Trump prometeu impor a produtos brasileiros a partir de 1º de agosto, trouxe alívio ao mercado de câmbio local ao longo da tarde desta terça-feira (15). Operadores ressaltam que após uma sequência de quatro pregões seguidos de valorização do dólar, com ganhos acumulados de 2,54% no período, havia espaço para ajustes técnicos e realização de lucros. Em julho, a moeda americana ainda apresenta alta de 2,28% em relação ao real.

No início da tarde, o dólar chegou a tocar R$ 5,60, mas trocou de sinal em seguida. Parte do alívio do real se deu na esteira da declaração de Trump de que o ex-presidente Jair Bolsonaro não é seu amigo, mas sim um conhecido e um “homem muito bom”. A avaliação foi a de que o republicano baixou o tom e deixou a porta aberta para conversas com o governo brasileiro.

Ibovespa ensaiou neutralizar as perdas que prevaleceram em boa parte do pregão e, assim, impedir que, vindo da marca histórica da 141 mil pontos em 4 de julho, encadeasse sua mais longa sequência negativa, de sete sessões, desde a série recorde de 13 em baixa, de agosto de 2023. Nesta terça, o bolsa oscilou dos 134.380,16 até os 136.021,52 pontos, na máxima do dia, e encerrou perto da estabilidade, mas em viés ainda negativo (-0,04%), a 135.250,10 pontos, com giro a R$ 18,2 bilhões. Na semana, recua 0,69% e, no mês, acumula perda de 2,60% – no ano, sobe 12,44%. No fechamento, mostrou o menor nível desde 7 de maio, então na casa de 133 mil.

A sessão trouxe novos dados de inflação nos EUA, com atenção ainda concentrada, no mercado, aos desdobramentos em torno da ofensiva tarifária retomada recentemente pelo governo Trump. Em Brasília, os investidores monitoraram o encontro de conciliação entre governo e Congresso sobre o IOF, mediado pelo Supremo Tribunal Federal a partir de deliberação do ministro Alexandre de Moraes.

Entre as maiores instituições financeiras, destaque hoje para Santander (Unit +2,28%, na máxima do dia no fechamento) e Banco do Brasil (ON +1,06%), à frente de Itaú (PN +0,34%) e de Bradesco (ON +0,07%, PN -0,06%). Na ponta ganhadora do Ibovespa, CVC (+6,55%), São Martinho (+3,67%) e Marcopolo (+3,47%). No lado oposto, além de Vale e Bradespar (-2,37%), destaque também para MRV (-2,87%), RD Saúde (-1,98%) e Prio (-1,82%).

Tópicos:

Nossa responsabilidade é muito grande! Cabe-nos concretizar os objetivos para os quais foi criado o jornal Diário do acre